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Ética, Filosofia e Política no Brasil
No segundo capítulo da obra “A República”, escrito por Platão (427-347 a. C.), Platão conta a história do anel de Giges, no qual, Giges era diante de todos uma pessoa ética e justa. Platão utiliza a história para demonstrar que mesmo o mais ético, íntegro, virtuoso e honesto dos homens acaba se corrompendo diante de um grande poder e da ausência das leis que regem os desejos egocêntricos. Usando a indagação se os homens são bons por escolha própria ou simplesmente temem de ser descobertos e punidos sabemos que se não houvessem leis nem repressão a justiça não iria prevalecer.
A sociedade brasileira é educada no pensamento que não pode fazer algo ilegal, pois pode ser punido, desta forma qualquer um que saiba que não será penalizado recorrerá a ser desonesta.
Na política brasileira, podemos dizer que certos políticos “dispõem do anel Giges”, podendo ficar invisível para surrupiar sem deixar vestígio e virar o engate do anel para fazer o bem para ganhar prestígio, sendo assim aparentemente justo, mas na verdade não é justo realmente.
No Brasil temos o hábito de usar a expressão “jeitinho brasileiro”, ações que vão contra a ética e a moral, ou seja, troca de favores, burlar leis, enganar outra pessoa para benefício próprio. Isto abre brecha para a corrupção, na nação brasileira a política tem como visão o patrimonialista do poder, aquilo que é público é visto como interesse privado. A corrupção é resultante da imoralidade da sociedade brasileira, sem o eudemonismo e a “justa medida” o exagero e egoísmo se possui de uma sociedade.
Embora, a corrupção esteja enraizada na população brasileira, há várias formas de mudar, sendo uma delas a forma correta de educar uma pessoa dizendo e demonstrando que não pode fazer um ato corrupto, pois não é porque a lei exija que ele não o faça, mas sim porque ela é uma pessoa íntegra.
Boa sorte!