Português, perguntado por MichelTPR, 1 ano atrás

Redação do filme o carteiro e o Poeta. Pode ser da internet desde que seja redação.​

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Respondido por dudu2891
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Resposta:

No que diz respeito à dimensão política, uma “memória política” é esboçada deforma primária e incompleta. A política está presente no filme, entretanto ela não leva auma compreensão coerente dos acontecimentos.“O carteiro e o poeta” é uma obra sobre poesias, tanto aquelas escritas quanto asvivenciadas, em uma descarada homenagem à poética por vezes escondida no cotidiano,o que é mundo comum, dado que a literatura, em especial a em verso, vem sofrendouma grande queda de público, pois esta lateja apenas aos olhares mais sensíveis.O filme mostra, por razões políticas, o poeta Pablo Neruda exilado em uma ilhana Itália. Lá um desempregado, quase analfabeto, é contratado como carteiro extra,encarregado de cuidar, exclusivamente, da correspondência do único homem da ilha querecebe cartas, e em enorme quantidade. Este era Pablo Neruda,

o poeta do amor

.O carteiro é Mario Ruoppolo, pobre pescador que mora com o pai, e descobredesde cedo a sua total falta de interesse em seguir sua profissão. Por outro lado, éapaixonado por filmes e, à custa do pai, ocasionalmente satisfaz seu prazer no cinemade San Antonio. Até que um dia, ao ver um anúncio de emprego, o jovem Mario toma ainiciativa de entrar na agência de correios e prontamente se oferece para o preenchimento da vaga de carteiro.A chegada do poeta e a relação que se iniciava entre os dois foram a chance queMario precisava para conhecer a vida sob um outro prisma. Dessa amizade surge nocarteiro um outro homem, capaz de pensar, de criar, de criticar e de gostar da vida. Oque era apenas uma admiração curiosa, no início, passa a ser uma forte amizade entre Neruda, Nobel de Literatura de 1971, e o carteiro. A peculiar afeição entre os dois seintensifica na medida em que Mario descobre sua sensibilidade, o dom poético e odeslumbre pelas metáforas, bem como, principalmente, quando descobre seu amor por uma jovem conterrânea.Sobre essa paixão de Mario pela bela Beatriz Russo, Neruda se exalta com ocarteiro ao saber que este dedicou à bela siciliana versos feitos para sua amada Maria; jácarregado de lirismo nos lábios, o humilde filho de pescador, serenamente, reponde:

“A poesia não pertence ao poeta que a escreveu, mas a quem precisa dela”

, e todos nós precisamos de poesia.As metáforas são muito mais que meros detalhes neste mundo que mescla ficçãoe realidade, nos ensinam a ver poesia, a beleza e, acima de tudo imagens em outrasimagens, em todos os lugares, mesmo nos mais rotineiros detalhes da vida.

“Quandotentamos explicar, a poesia se torna banal. Melhor do que qualquer explicação é aexperiência das emoções que a poesia revela para uma alma disposta a compreendê-la”

, sacramenta Neruda, no filme.

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