Redação da vacina COVID
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Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o movimento antivacina como uma das maiores ameaças à saúde global. Nos Estados Unidos, essa afronta à ciência fez ressurgir surtos de doenças erradicadas, como sarampo e poliomielite. No Brasil, a onda começava a ganhar cada vez mais espaço, o que era motivo de preocupação entre especialistas.
Etapas do desenvolvimento
Até agora, o processo mais adiantado para a descoberta de uma vacina contra Covid-19 é o da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Em julho, a instituição deverá começar a testar a vacina em humanos – inclusive no Brasil. O trabalho desenvolvido pelos cientistas de Oxford usa o adenovírus (desativado, que não causa doença no organismo) associado a vetores virais com partes do novo coronavírus.Principais vacinas
Em diferentes etapas de análise, existem outras cinco vacinas que já se encontram em fase de testes em humanos. Confira:
Vacina mRNA-1273 – Moderna Therapeutics: produzida nos Estados Unidos, é baseada em um RNA mensageiro, ou seja, não utiliza o vírus ativo do Sars-Cov-2. A ideia da vacina é provocar no organismo uma resposta do sistema imunológico contra a infecção.
Vacina INO-4800 – Inovio Pharmaceuticals: também desenvolvida nos Estados Unidos, trata-se de uma vacina considerada mais inovadora. Os cientistas criaram em laboratório o DNA do vírus (já que o coronavírus só tem RNA) para que, no interior das células humanas, sejam produzidos anticorpos.
Vacina AD5-nCoV – CanSino Biologics: iniciativa oriunda da China, justamente onde o coronavírus surgiu. A vacina se vale de uma versão do adenovírus para transportar um gene da proteína do novo coronavírus até que o organismo desenvolva uma resposta imune.
Vacina LV-SMENP-DC: outra solução chinesa. A vacina usa leucócitos que protegem o corpo de antígenos para buscar uma resposta imune.
Vacina do Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan, subordinada ao Grupo Farmacêutico Nacional da China, Sinopharm: originária da cidade do primeiro surto de coronavírus no mundo, Wuhan. O método é o mais próximo do tradicional, que utiliza partículas do vírus inativado, bactéria ou outros patógenos cultivados para gerar resposta imune. Esse tipo de vacina tem maior potencial de aprovação por se tratar de uma tecnologia já existente.
Por dentro do processo de produção de vacinas
Os experimentos de Oxford, comandados pela Unifesp no Brasil, referem-se à etapa de testes. Em geral, existem seis níveis de análise de resultados: