Português, perguntado por kairanpontin3, 10 meses atrás

redação com o tema "Desigualdade social e econômica em tempos de Covid-19" preciso urgente !!!

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Respondido por nrubim
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Resposta:

Uma das maiores preocupações do CNS é a desigualdade nas condições de saneamento e moradia frente à pandemia.  

Nesta edição da Radis, há reflexões sobre os determinantes sociais que agravam a pandemia e entrevistas com quem conhece de perto a realidade nas terras indígenas, periferias e favelas e nas ruas das cidades, onde se dorme e trabalha.  

apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de outras autoridades sanitárias pelo distanciamento social — única medida capaz de conter o avanço da pandemia do novo coronavírus — é adaptado à realidade dos povos indígenas.  

Do território Xakriabá, localizado no município de São João das Missões, no extremo norte de Minas Gerais, Célia Xakriabá conta que as populações indígenas acompanham com preocupação as notícias sobre o novo vírus e reforçam outra ideia: para eles, o “Fique em casa” é “Fique na aldeia”.  

Para além de uma guerra biológica contra a Covid-19, estamos diante, segundo Célia, de uma “guerra civilizatória que requer outro modo de vida”.Por sua vivência de base comunitária, que torna mais propícia à disseminação do coronavírus, e pelo déficit na garantia de direitos fundamentais como a saúde e o respeito ao território, os indígenas são apontados como uma das populações vulneráveis no contexto da pandemia.  

“Uma das questões que mais nos preocupa tem a ver com o tamanho do nosso país e a desigualdade nas condições de saneamento básico e de estrutura domiciliar que as pessoas têm para enfrentar adequadamente essa pandemia”, afirma Moysés Toniolo, conselheiro nacional de saúde e integrante da Articulação Nacional de Luta contra a Aids (Anaids) e da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/aids.  

Indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pessoas em situação de rua, refugiados, ciganos, moradores de favela e periferia, aqueles que vivem com HIV/Aids, trabalhadores informais e outros grupos têm algo em comum: por estarem à margem da sociedade, precisam lidar com as desigualdades no acesso aos direitos, o que os torna ainda mais vulneráveis diante da pandemia de Covid-19.  

“A gente se habituou a pensar em populações vulneráveis ao falar de pessoas em situação de rua, em privação de liberdade, as LGBTQI+, o povo cigano, catadores e trabalhadores da reciclagem, ou seja, pessoas que estão de alguma maneira expostos, o que radicaliza muito mais nesse momento de Covid-19”, afirmou durante o programa Conexão Fiocruz Brasília (abaixo).  

Para cobrar do governo ações que protejam essas populações, a Articulação Nacional dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) publicou nota (20/3) em que reivindica a adoção de um Plano de Ação Emergencial, que abranja tanto o fortalecimento da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) quanto medidas para coibir a invasão dos territórios por grileiros, garimpeiros e madeireiros.  

Outra iniciativa foi a construção de um Projeto de Lei (PL 1.305/2020), apresentado pelas deputadas Talíria Petrone (Psol-RJ), Joenia Wapichana (Rede-RR) e outros parlamentares da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, que dispõe sobre o Plano Emergencial para Enfrentamento ao coronavírus nos territórios indígenas, assegurando a garantia de direitos sociais e territoriais.  

“Uma das primeiras medidas do governo, além da transferência dos processos de demarcação da Funai para o Ministério da Agricultura, foi a ameaça de municipalização da saúde indígena, tirando a responsabilidade do órgão específico, a Sesai, que faz toda a conduta hoje”, aponta Célia.  

Os povos indígenas sempre foram expostos a uma situação de vulnerabilidade desde a colonização, como afirma a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) — com a chegada desses tipos de virose, as consequências são elevados índices de mortalidade, “especialmente para os povos em isolamento voluntário e de contato recente”, afirma a entidade em seu Plano de Ação Emergencial, publicado em abril.  

“Temos populações que, nesse momento, para garantir o mínimo de isolamento domiciliar, estão com famílias inteiras — e, em alguns casos, com muita gente — restritas a um mesmo espaço, inclusive sem saber que alguma já pode estar infectada”, aponta Moysés.  

De acordo com documento publicado pelo Movimento Nacional da População em Situação de Rua (24/3), do qual ele faz parte, e por outras organizações, com propostas da sociedade civil para garantia de direitos humanos, proteção e atendimento a essas pessoas, “a população em situação de rua aparece com um dos grupos sociais mais vulneráveis” diante da pandemia de Covid-19, o que evidencia um cenário de desigualdade e injustiça social.  

“Nesse momento é essencial que sejam garantidas as condições básicas de higiene pelo Estado, por meio da articulação entre as políticas públicas de saúde e assistência social”, afirmou Carolina Sampaio, assistente social da equipe do Consultório na Rua no Distrito Federal, durante o evento Conexão Fiocruz Brasília (2/4).

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