redação: CENTENÁRIO CELSO FURTADO: CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO BRASIL
Soluções para a tarefa
Caminhos para o desenvolvimento regional no Brasil
Para que se tenha o desenvolvimento regional no Brasil deve-se eliminar a ideologia que uma região é superior a outra, de forma a serem desenvolvidas parcerias, de forma a todas as regiões crescerem.
Para que esse caminho seja estabelecida deve-se fazer uma relação de troca mútua entre regiões, de forma a não apenas uma região ser explorada e servir as demais, mas sim existir as relações complementares.
Dentre ações que promovem essa relação, pode-se citar:
- trocas de especiarias;
- subsídios fiscais.
Além disso, deve-se colocar em prática o que foi deixado como legado de Celso Furtado que apontava a necessidade de um processo de transformação estrutural da base de oferta de mercadorias.
Logo, por meio da implantação dessa linha de pensamento pode-se promover caminhos para o desenvolvimento regional no Brasil.
Bons estudos!
Resposta:
REDAÇÃO
A formação econômica do brasil (1959) foi ímpar ao dar substancialidade a uma abordagem histórico-processual que permitiu realizar uma das mais relevantes análises acerca da complexidade tanto dos diversos ciclos econômicos, pelos quais passou o Brasil, quanto dos parâmetros estruturadores de um duradouro processo de concentração da riqueza, da renda e do poder.” As formulações de Celso Furtado vinculam-se ao chamado enfoque estruturalista latino-americano, que teve epicentro os intelectuais e técnicos reunidos na comissão econômica para a América latina e o caribe (cepal), instituição criada em 1948 pela conselho econômico e social das nações unidas. Ele foi um dos criadores da escola estruturalista de desenvolvimento econômico, de influência maior em todo o continente e além das fronteiras latino-americanas.
Sua teoria do subdesenvolvimento foi pioneira ao formular que desenvolvimento e subdesenvolvimento eram facetas do mesmo processo da expansão da economia capitalista internacional, e que o segundo não era uma etapa rumo ao primeiro — senão que, sendo um fenômeno específico, demandava esforço autônomo .Ao analisar a decadência econômica do Nordeste, Furtado (1989) chama a atenção para o fato de que as formas assumidas pelos dois sistemas da economia nordestina – o açucareiro e o de criação – se constituíram em elementos retardatários quando a região Centro-Sul apresenta-se como centro econômico dinâmico, e as disparidades regionais foram exacerbadas com a industrialização.
A política do governo federal visava à criação de mecanismos para tratar a região com mais sistematicidade. A década de 1950 inicia uma ênfase no planejamento, deslocando-o dos problemas hidráulicos para os problemas econômicos e da região. Um dos pontos fundamentais desta proposta de reformulação foi o combate ao que se convencionou chamar de indústria da seca, ou seja, a manipulação dos recursos federais em proveito da estrutura de poder tradicional, sobretudo nas regiões mais secas do semiárido. Para Furtado, a Sudene tinha como eixo uma intervenção planejada que transformaria o Nordeste em uma região desenvolvida, mediante uma política ativa de desconcentração regional de renda, com a quebra da estrutura fundiária tradicional e arcaica. Para tanto, seria necessária a realização de uma reforma agrária. Entendia-se que o futuro do Brasil como nação dependeria de tal transformação, pois as clivagens regionais e sociais acabariam por comprometer o desenvolvimento do conjunto nacional. A tradicional política de combate à seca, especialmente a construção de açudes beneficiam os grandes proprietários; sendo que a estrutura industrial nordestina, sobretudo a industrial têxtil estava obsoleta.
A ditadura militar posteriormente reconfigurou a Sudene, procurando manter o poder do atraso, ao mesmo tempo que implementou mecanismos autoritários de planejamento na utilização dos recursos federais. Assim, os projetos de geração de emprego, projetos de irrigação, de ocupação das novas fronteiras agrícolas, de fomento à industrialização eram realizados muito parcialmente e numa perspectiva de controle social. Em decorrência da perseguição realizada pela ditadura militar Celso Furtado é exilado.
No período de exílio entre 1965 e 1978, Celso Furtado se dedica a produzir obras sobre o desenvolvimento como Teoria e política do desenvolvimento econômico, Prefácio a Nova Economia Política, e Criatividade e dependência na civilização industrial. Com a anistia política retorna Celso Furtado ao Brasil, e participa do partido da oposição burguesa MDB, em 1985 é nomeado embaixador junto à então Comunidade Econômica Europeia, em Bruxelas. Posteriormente, participou como Ministro da Cultura do governo Sarney.
Explicação:
Fiz uma intensa pesquisa sobre Celso Furtado. Sem contar que é meu conterrâneo. Paraibano arretado.