Português, perguntado por IsmaeCassiano, 10 meses atrás

Redação: caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil... mínimo 15 linhas... por favor, urgente ​

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Respondido por keuryalmeida686
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Resposta:

"CAMINHOS PARA COMBATER A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL”

Quando se fala em intolerância religiosa, uma das primeiras ideias que vem à cabeça são os atos mundialmente conhecidos de terrorismo. No entanto, um olhar mais atento e voltado à realidade brasileira revela a gravidade e a magnitude desse problema dentro de nosso país, onde o preconceito, especialmente em relação a práticas religiosas minoritárias, têm afetado de forma significativa nossa sociedade, trazendo consigo o aumento da violência e a segregação de determinados grupos.

Apesar do esforço empreendido no sentido de aperfeiçoar os mecanismos de garantias de direitos individuais, como a previsão constitucional de liberdade de crença e culto, bem como os princípios da laicidade e da não intervenção estatal, além da criminalização de condutas marcadas pelo ódio e desprezo ao sentimento religioso, o fato é que estamos apenas engatinhando na árdua tarefa de minimizar as consequências desastrosas dessa cultura da rejeição, que foi sendo construída ao longo de nossa história.

Em que pese serem expressivos os índices de perseguição a vários tipos de crenças no Brasil, é inequívoca a predominância de denúncias a atos de discriminação envolvendo religiões afro-brasileiras, seguidas pela fé cristã e espírita. Dentro desse cenário, é impossível deixar de relacionar tal situação às profundas e enraizadas tradições históricas nacionais, as quais remontam ao período colonial. À imposição do catolicismo pelos portugueses aos povos nativos que aqui habitavam, seguiu-se o sufocamento da cultura africana no período da escravidão, culminando com a perpetuação do preconceito em diferentes níveis.

Não é de se estranhar que, a despeito da tendência a uma interação cultural crescente, em um mundo cada vez mais livre, ainda exista tanta dificuldade em lidar com o pluralismo religioso. No Brasil, soma-se a essa negação de realidades distintas a forte presença do etnocentrismo e do estabelecimento de conceitos equivocados de superioridade racial, que contribuem sobremaneira para reforçar o desprezo por figuras religiosas que simbolizam as tradições dessas comunidades marginalizadas socialmente.

Destarte, é evidente que a intolerância representa um verdadeiro mal para a sociedade brasileira, sendo imperativa a necessidade de promover uma transformação na mentalidade da população. Sob esse ponto de vista, a adoção de medidas de conscientização que envolvam os principais agentes de mudança, a exemplo da família, da escola e também da mídia, são cruciais para que se obtenha o desenvolvimento social desejado. Deve-se reconhecer, também, a relevância do papel da educação no processo de percepção de nosso complexo sistema de identidades, já desde os primeiros anos de vida. Por fim, ganha destaque a poderosa influência que as redes sociais exercem nesse contexto, uma vez que essas são, sem dúvida, ferramentas comprovadamente eficazes em campanhas de combate a qualquer tipo de discriminação.

A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA EM NOSSO PAÍS: No Brasil, a discriminação religiosa é crime. O “Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa” é celebrado em 21 de janeiro e foi instituído pela Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007.

Quem mais sofreu – e ainda sofre – com a intolerância são as religiões de matriz africana. Entretanto, temos presenciado todo tipo de agressão contra vários tipos de religiões. Os cometimentos de atos de vandalismo são comuns, assim como a destruição de imagens de santos em templos católicos ou ataques em terreiros de candomblé e umbanda.

Deve-se considerar, também, o grande preconceito existente contra ateus. Em pesquisa encomendada pela revista Veja em 2007 e realizada pela CNT/Sensus, foi revelado que 84% dos brasileiros votariam em um negro para presidente, 57% em uma mulher, 32% em um homossexual, mas apenas 13% votaria em uma pessoa que não acredita em Deus. Eliane Moura Silva, professora do departamento de história da Universidade Estadual de Campinas, afirma que “o brasileiro ainda entende o ateu como alguém sem caráter, sem ética, sem moral”

Espero ter ajudado :). .

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