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As implicações da indústria do alimento no Brasil
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Resposta: PODE FAZER UM RESUMO SE QUISER!!!!!
A comida sempre teve um papel importante nas sociedades. Além de ser uma atividade fundamental, o ato de comer em grupo, por exemplo, é um dos que define o homem como um ser cultural e participativo em um contexto social. Os alimentos que escolhemos e a forma como consumimos também nos dizem muito sobre identidades, costumes e características sociais e culturais de um grupo.
Não à toa, alguns momentos importantes da história da civilização ocidental estão relacionados à alimentação — como as grandes navegações –, que aparece também em muitas histórias religiosas, como a multiplicação dos pães e a ceia no cristianismo.
Mas qual é a nossa relação com a comida hoje? Da pré-história à sociedade pós-moderna, o ato de comer passou por significativas mudanças. A chegada de novas tecnologias para facilitar a fabricação, a produção, o transporte e a conservação de alimentos provocou uma revolução na alimentação, principalmente nos hábitos familiares, como as refeições partilhadas.
Por outro lado, todo esse avanço não foi capaz de acabar com a fome e a subnutrição no mundo. Segundo o órgão da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), embora tenha ocorrido uma redução, mais de 800 milhões de pessoas, ou uma em cada oito no mundo, ainda passam fome por não receber o alimento ou a quantidade de alimento adequada.
As mudanças na produção e no ato de comer refletem o ritmo agitado imposto pelo estilo de vida moderno, em que as pessoas passam muito tempo no trabalho enquanto o tempo para as refeições acaba servindo para várias atividades.
Para atender a essa realidade, começam a surgir alternativas na indústria de alimentos: congelados, pré-cozidos e o fast-food. Por outro lado, foram essas mudanças que ajudaram a acabar com a escassez de comida, permitindo, entre outros, o surgimento de grandes centros urbanos e a sobrevivência da raça humana.
Mas não foi apenas o processo que mudou. O que comemos também. O homem pré-histórico era onívoro, ou seja, comia de tudo. O homem moderno aderiu a uma alimentação que tem como base gorduras animais, carne, carboidratos e açúcar. Esse sistema alimentar tem forte impacto social e ambiental, pois demanda uma produção agrícola voltada para a forragem animal, do qual a soja é um exemplo.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, do IBGE, o brasileiro come pouca quantidade de hortaliças e frutas, ingere mais alimentos gordurosos do que o recomendado, troca cada vez mais refeições completas por lanches rápidos e é sedentário. A pesquisa apontou ainda que pessoas de baixa renda compram alimentos pouco saudáveis, ou seja, além de fatores como saúde, religião, meio ambiente, a questão social ainda é um limitador do consumo de alimentos, principalmente daqueles considerados mais nutritivos, que costumam ser mais caros.
Esse estilo de vida, que não é característico apenas do brasileiro e pode ser observado em boa parte do mundo, fez com que o número de problemas de saúde decorrentes da má alimentação ou do consumo em excesso de produtos industrializados aumentasse, tal como a obesidade e problemas cardíacos.
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