recordes batidos nas olimpiadas de 2004????
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O ouro olímpico, na verdade, foi a parte mais fácil do caminho de Isinbayeva para se tornar o "Bubka de saias". O hexacampeão mundial só conseguiu uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. E, apesar do amplo domínio no esporte, colecionou fracassos em Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Sydney-2000.
O desafio de superar as marcas também parece ter motivação semelhante à de Bubka. Assim como o ucraniano, Isinbayeva "regula" seus saltos, tentando maximizar a recompensa financeira pelo seu desempenho. "Faço pelo dinheiro, pois não sou uma garota rica", reconhece, sem rodeios, Isinbayeva.
Isso explica por que a russa quebrou o recorde tantas vezes no ano, centímetro por centímetro: cada vez que ela atinge uma nova marca, recebe bonificações de seus patrocinadores, da federação de atletismo russa e dos organizadores dos eventos.
Nas Olimpíadas, ao saltar 4,80 m, Isinbayeva aumentou sua caderneta de poupança em US$ 60 mil, pagos pela organização do esporte na Rússia. Minutos depois, o prêmio dobrou, graças à quebra do recorde mundial. Em alguns instantes, a saltadora recolheu US$ 120 mil.
Apesar da premiação em dinheiro no atletismo não ser tão divulgada como no tênis -a Iaaf, ao contrário da ATP, não informa rankings em dólares-, é possível estimar que, apenas com suas seis quebras de recorde em 2004, sem contar a dos Jogos Olímpicos, Isinbayeva faturou US$ 250 mil dólares.
E, com isso, a saltadora, já faz planos para aquisição de bens. "Quero comprar um iate e talvez um carro, mas ainda não tenho tanto dinheiro para isso", despistou a atleta, logo depois de arrebatar uma quantia suficiente para a compra de 24 carros "populares" no Brasil, pela conquista do ouro olímpico.
Seguindo a ideologia do "dinheiro não é tudo, mas quebra um galho", Isinbayeva já mostrou que não vai mais desperdiçar recordes, como fez em 22 de fevereiro deste ano em Donetsk, Ucrânia, sob o olhar atento do "rei" Bubka.
Na ocasião, a russa saltou 4,81 m na primeira tentativa, quebrando o recorde indoor (pista coberta) do salto com vara, e, ao ver a rival Svetlana Feofanova tentar -sem sucesso- superar o sarrafo a 4,82, voltou a bater a marca, com 4,83 m. Mas, como o bônus em dinheiro só é pago uma vez por evento, lá se foram US$ 50 mil pelo ralo.
A lição foi aprendida e, no Meeting de Birminghan, na Inglaterra, Isinbayeva poupou esforços. Ela teve a chance de quebrar o recorde duas vezes no mesmo dia, mas desistiu. Deixou a marca em 4,89 m, só para quebrá-la, cinco dias depois, em 30 de julho, ao competir no Crystal Palace, em Londres.
Com 4,91 m nas Olimpíadas, apenas nove centímetros separam Isinbayeva de um limite que, há menos de dez anos, era impensável. Quando a australiana Emma George saltou 4,41 m em 1996, o limite teórico era de 4,50 m. Agora, Isinbayeva já fala claramente em superar cinco metros.
"Sim, é possível. Acho que dá para ir além de cinco metros em breve, da mesma forma como os homens tinham no salto de 6,00 m uma barreira", afirmou a russa. Seu ídolo, Serguei Bubka, foi o primeiro a voar até o limite de seis metros, marca que, em 1985, era utópica para eles.
As duas principais atletas do salto com vara na atualidade têm pouco ou quase nada em comum. Sob a mesma bandeira, a da Rússia, Yelena Isinbayeva e Svetlana Feofanova mal se cumprimentam. Durante as disputas não conversam e não escondem de ninguém que não se dão bem.As diferenças físicas e de personalidade também são bem latentes. Isinbayeva, 22, chama atenção também pela beleza: cabelos pretos, olhos verdes e belas formas em 1,73 m. Além disso, é simpática, chama o apoio do público, sorri o tempo todo e, a cada etapa vencida na competição, vibra muito.
Feofanova, 23, foi "obrigada" a tentar o salto com vara. Considerada alta e magra demais para a ginástica artística, recebeu o conselho do seu treinador para que mudasse de esporte e experimentasse fazer salto com vara. Para o bem do esporte, ela seguiu as orientações e se tornou uma das melhores saltadoras do mundo -a segunda de fato.
Feofanova não encanta pela beleza e tampouco é simpática. A ruiva, pálida e mal-humorada, não se preocupa se o estádio está cheio e não "troca nenhuma letra" com as adversárias. Não que ela precise disso para vencer, pois basta ser eficiente. Mas só acentua as diferenças entre as "companheiras de equipe".
A tensão entre elas é visível. Na disputa do ouro em Atenas, além de não se falarem, uma não olhava o salto da outra. De costas e com toalhas na cabeça, pareciam orar pela derrocada alheia. E a primeira a derrubar o sarrafo foi Isinbayeva, para a tristeza dos que acompanhavam a prova no estádio Olímpico.
Passava da meia-noite em Atenas, e o público não se mexia. Esperava atento até onde elas iriam duelar e, para o delírio de todos, Isinbayeva ganhou. Incentivada, quebrou seu próprio recorde mundial ao saltar 4,91 m, um centímetro a mais do que o antigo.
O desafio de superar as marcas também parece ter motivação semelhante à de Bubka. Assim como o ucraniano, Isinbayeva "regula" seus saltos, tentando maximizar a recompensa financeira pelo seu desempenho. "Faço pelo dinheiro, pois não sou uma garota rica", reconhece, sem rodeios, Isinbayeva.
Isso explica por que a russa quebrou o recorde tantas vezes no ano, centímetro por centímetro: cada vez que ela atinge uma nova marca, recebe bonificações de seus patrocinadores, da federação de atletismo russa e dos organizadores dos eventos.
Nas Olimpíadas, ao saltar 4,80 m, Isinbayeva aumentou sua caderneta de poupança em US$ 60 mil, pagos pela organização do esporte na Rússia. Minutos depois, o prêmio dobrou, graças à quebra do recorde mundial. Em alguns instantes, a saltadora recolheu US$ 120 mil.
Apesar da premiação em dinheiro no atletismo não ser tão divulgada como no tênis -a Iaaf, ao contrário da ATP, não informa rankings em dólares-, é possível estimar que, apenas com suas seis quebras de recorde em 2004, sem contar a dos Jogos Olímpicos, Isinbayeva faturou US$ 250 mil dólares.
E, com isso, a saltadora, já faz planos para aquisição de bens. "Quero comprar um iate e talvez um carro, mas ainda não tenho tanto dinheiro para isso", despistou a atleta, logo depois de arrebatar uma quantia suficiente para a compra de 24 carros "populares" no Brasil, pela conquista do ouro olímpico.
Seguindo a ideologia do "dinheiro não é tudo, mas quebra um galho", Isinbayeva já mostrou que não vai mais desperdiçar recordes, como fez em 22 de fevereiro deste ano em Donetsk, Ucrânia, sob o olhar atento do "rei" Bubka.
Na ocasião, a russa saltou 4,81 m na primeira tentativa, quebrando o recorde indoor (pista coberta) do salto com vara, e, ao ver a rival Svetlana Feofanova tentar -sem sucesso- superar o sarrafo a 4,82, voltou a bater a marca, com 4,83 m. Mas, como o bônus em dinheiro só é pago uma vez por evento, lá se foram US$ 50 mil pelo ralo.
A lição foi aprendida e, no Meeting de Birminghan, na Inglaterra, Isinbayeva poupou esforços. Ela teve a chance de quebrar o recorde duas vezes no mesmo dia, mas desistiu. Deixou a marca em 4,89 m, só para quebrá-la, cinco dias depois, em 30 de julho, ao competir no Crystal Palace, em Londres.
Com 4,91 m nas Olimpíadas, apenas nove centímetros separam Isinbayeva de um limite que, há menos de dez anos, era impensável. Quando a australiana Emma George saltou 4,41 m em 1996, o limite teórico era de 4,50 m. Agora, Isinbayeva já fala claramente em superar cinco metros.
"Sim, é possível. Acho que dá para ir além de cinco metros em breve, da mesma forma como os homens tinham no salto de 6,00 m uma barreira", afirmou a russa. Seu ídolo, Serguei Bubka, foi o primeiro a voar até o limite de seis metros, marca que, em 1985, era utópica para eles.
As duas principais atletas do salto com vara na atualidade têm pouco ou quase nada em comum. Sob a mesma bandeira, a da Rússia, Yelena Isinbayeva e Svetlana Feofanova mal se cumprimentam. Durante as disputas não conversam e não escondem de ninguém que não se dão bem.As diferenças físicas e de personalidade também são bem latentes. Isinbayeva, 22, chama atenção também pela beleza: cabelos pretos, olhos verdes e belas formas em 1,73 m. Além disso, é simpática, chama o apoio do público, sorri o tempo todo e, a cada etapa vencida na competição, vibra muito.
Feofanova, 23, foi "obrigada" a tentar o salto com vara. Considerada alta e magra demais para a ginástica artística, recebeu o conselho do seu treinador para que mudasse de esporte e experimentasse fazer salto com vara. Para o bem do esporte, ela seguiu as orientações e se tornou uma das melhores saltadoras do mundo -a segunda de fato.
Feofanova não encanta pela beleza e tampouco é simpática. A ruiva, pálida e mal-humorada, não se preocupa se o estádio está cheio e não "troca nenhuma letra" com as adversárias. Não que ela precise disso para vencer, pois basta ser eficiente. Mas só acentua as diferenças entre as "companheiras de equipe".
A tensão entre elas é visível. Na disputa do ouro em Atenas, além de não se falarem, uma não olhava o salto da outra. De costas e com toalhas na cabeça, pareciam orar pela derrocada alheia. E a primeira a derrubar o sarrafo foi Isinbayeva, para a tristeza dos que acompanhavam a prova no estádio Olímpico.
Passava da meia-noite em Atenas, e o público não se mexia. Esperava atento até onde elas iriam duelar e, para o delírio de todos, Isinbayeva ganhou. Incentivada, quebrou seu próprio recorde mundial ao saltar 4,91 m, um centímetro a mais do que o antigo.
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