Realizar uma pesquisa com o tema A Retirada da Laguna dentro do contexto da guerra do Paraguai. O aluno ira abordar como ocorreu o episódio, os motivos e acontecimentos, quem foi o Coronel Carlos de Moraes Camisão e José Francisco Lopes e sua importância para o acontecimento.
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Soluções para a tarefa
Resposta:
Em seis anos divulgaram-se cerca de seis mil exemplares da Retirada da
Laguna da última edição impressa.
Mostra tal fato quanto os leitores brasileiros se interessam pela história
pungentíssima deste episódio da Guerra do Paraguai, que figura entre as mais belas
e notáveis coisas da tradição de nosso pais.
Razão de sobra lhes assiste: não receia ele confronto com os mais elevados
feitos dos anais militares das nações do Ocidente.
É que poucas tropas – com tamanha intrepidez e espírito de abnegação
patriótica – sofreram o que suportaram os nossos soldados da Constância e do
Valor.
A esta edição anexei três documentos honradíssimos para o autor da
Retirada da Laguna e sua obra (ver pág. 12). É o primeiro a carta pela qual Caxias
lhe agradece a oferta de um exemplar da Retirada, manifestando-lhe o seu louvor ao
livro e o apreço em que tinha o seu autor.
Assim, mais uma vez e mais largamente se divulga uma das vozes mais
antigas de aplauso que a narrativa xenofôntica mereceu. De que prestígio se reveste
este depoimento! Partiu do grande e invicto cabo-de-guerra, expressamente ao
ofertante do livro quanto o seu relato vinha robustecer-lhe a convicção, de que as
forças empenhadas na campanha de Mato Grosso e na Retirada da Laguna, parte
do exército de que era generalíssimo, “cumprira sempre seu dever, sustentando
sempre a gloria das Armas Brasileiras”.
Assim de início teve a épica narrativa da campanha de maio de 1867 a
consagração do aplauso do magno Pacificador, gênio tutelar da nossa unidade
nacional, broquel do Brasil agredido exteriormente e ínclito patrono do Exército
Brasileiro.
O segundo dos documentos veio a ser a mensagem por Taunay merecida de
seus irmãos de armas, quando em 1885 e em virtude de circunstâncias políticas
incômodas, se não desagradáveis de sua carreira de homem público e parlamentar,
deixou o serviço do Exército.
Mais honrosas palavras de despedida seria impossível redigir do que as que
encerraram esta manifestação subscrita por centenas de oficiais-generais, oficiais
superiores e outros menos graduados, de toda a hierarquia militar da época,
partindo de um marechal de exército e ajudante-general do exército aos simples
alferes e cadetes.
Constituem estes apelidos um rol do mais alto significado. Nele surgem
muitos dos mais glorioso nomes de servidores do Brasil, já então, aureolados pela
reputação de seus feitos, e outros ainda no início de suas grandes carreiras.
O último dos três documentos refere-se à manifestação que várias centenas
de oficiais-generais, superiores e outros pertencentes à guarnição do Rio de Janeiro,
fizeram ao então major Taunay em testemunho de gratidão da classe à sua atuação
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de parlamentar, como membro que fora da Câmara dos Deputados em duas
legislaturas. À sua iniciativa devia haverem-se incorporado à legislação do país
medidas de alta benemerência como fossem: a imprescritibilidade dos direitos das
viúvas dos militares ao meio soldo, o reajustamento das tabelas de soldos e etapas,
a contagem em dobro do tempo de serviço em campanha, entre outras medidas de
menor alcance.
Ofereceram-lhe os manifestantes, encabeçados por um dos mais ilustres e
prestigiosos oficias daquele tempo, o heróico Antonio Tibúrcio Ferreira Sousa,
magnífico retrato a óleo, de tamanho natural.
Em todo o Brasil provocou a passagem do primeiro centenário natalício do
autor de Retirada da Laguna, a ocorrência de consideráveis demonstrações de
apreço à memória do soldado escritor.
Partiram as primeiras do Exercito Nacional. Por intermedio de generosa
ordem do dia, determinou o então Ministro da Guerra, General Eurico Gaspar Dutra,
que todas as guarnições do pais festivamente celebrassem a efemérides de 22 de
fevereiro de 1943 em altamente significativas cerimonias. Em largos artigos recordou
a Imprensa Brasileira o que fora a vida e era a obra do militar, do escritor, do
Explicação:
Alfredo Maria Adriano d’Escragnolle Taunay, o visconde de Taunay, sobre quem falei no último post, ao analisar seu romance Inocência, foi um dândi. Filho de uma das mais ilustres famílias instaladas no Rio de Janeiro durante o Segundo Império, na qual se uniram artistas e descendentes da aristocracia francesa, ele protagonizou dois episódios, dentre outros, que muito revelam da sua personalidade, ambos salientados por Sergio Medeiros na introdução que escreveu para sua tradução de A Retirada da Laguna (Editora Cia. das Letras) e nos excertos, das Memórias do visconde, que selecionou para o Apêndice do mesmo volume. No primeiro episódio, depois de entrar para o Exército, em 1861, Taunay se recusa a cortar os cabelos à escovinha, preferindo mantê-los longos e encaracolados, no que foi protegido por um superior. Anos mais tarde, durante a tomada de Peribebuí, no final da Guerra do Paraguai – quando ocupava o posto de secretário do estado-maior do conde d’Eu, substituto de Caxias no comando das forças brasileiras –, ao invadirem uma das residências de Solano López, o escritor é avisado de que há um piano no local. Descoberto o instrumento, nada o impede de gozar seu prazer:
Achei, com efeito, o desejado instrumento, bastante bom e afinado até, e pus-me logo a tocar, embora triste espetáculo ao lado me ficasse: o cadáver de infeliz paraguaio, morto durante o bombardeio da manhã, por uma granada que furara o teto da casa e lhe arrebentara bem em cima.
O desgraçado estava sem cabeça. Não foi senão depois de bastante tempo que pude fazer remover dali, aquela fúnebre [companhia], tocando, diletante, com grande ardor, talvez mais de duas horas seguidamente.
Assim festejei a tomada de Peribebuí.
Foi esse janota,