racismo nos eua,porque ainda existe?
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Resposta:
O racismo não é somente um problema exclusivo dos Estados Unidos, mas um problema Mundial.
Entre tanto, nos Estados Unidos existe um grande preconceito contra os negros devido a sua grande escravização.
Aos estadunidenses europeus (especialmente aos WASP) foram concedidos privilégios exclusivos em matéria de educação, imigração, direito ao voto, cidadania, aquisição de terra e processo penal ao de um longo de período de tempo, estendendo-se desde o século XVII até a década de 1960. No entanto, imigrantes europeus que não eram protestantes, especialmente irlandeses, poloneses e italianos, mas também em menor número eslavos, húngaros e franceses, também sofriam ataques xenófobos e discriminação ou exclusão étnica na sociedade estadunidense, além de não serem considerados totalmente brancos.
Entre as principais instituições racial e etnicamente estruturadas estavam a escravidão, as guerras indígenas, as reservas indígenas, a segregação, escolas residenciais para os nativos Americanos e campos de internamento.
Para compreendermos a questão da segregação racial nos Estados Unidos, é necessário que relembremos um pouco do processo de formação desse país.
Sabemos que os EUA foram formados, inicialmente, por colonos ingleses, que deram origem às chamadas Treze Colônias na costa Leste do país. No entanto, as colônias do Sul tiveram um desenvolvimento diferente daquelas do Norte. Enquanto no Norte houve o modelo da pequena propriedade privada, do trabalho livre e assalariado e do desenvolvimento da indústria, no Sul prevaleceu o modelo da grande propriedade de terras e da monocultura (que caracteriza a chamada plantation). Nesse modelo, ao contrário do que vigorou no Norte, assentou-se o uso do trabalho escravo, mais precisamente de escravos negros do continente africano.
Sendo assim, durante o período em que predominou a escravidão no Sul dos EUA, os negros escravos eram, assim como no Brasil e em outras partes do mundo à época, considerados mercadoria de seus donos e não indivíduos portadores de direitos.
Guerra Civil e implantação de políticas segregacionistas no Sul.
Essa situação só teve fim, evidentemente, com o término do modelo econômico escravocrata no Sul. O término veio com a Guerra Civil, fato que transcorreu entre os anos de 1861 e 1865. Na Guerra Civil Americana, entraram em conflito os estados do Norte, ou União, comandados pelo então presidente Abraham Lincoln, e os autoproclamados Estados Confederados do Sul, que pretendiam fundar uma confederação separatista. A guerra terminou com a vitória do Norte, que resultou na imediata abolição da escravatura.
Após a guerra, deu-se início a um processo de reconstrução do país e reincorporação dos estados do Sul ao restante do país. Nesse período, que corresponde aos anos finais da década de 1860, apareceram as primeiras tentativas de implementação das políticas segregacionistas. A muitos cidadãos brancos sulistas era inaceitável que os negros, recém-libertos, tivessem os mesmos direitos e ocupassem os mesmos espaços que eles. No mesmo ano em que terminou a guerra (1865), por exemplo, foi formada a seita Ku Klux Klan por um ex-combatente das tropas sulistas, chamado de Nathan Bedford Forrest. A polícia da União sufocou os primeiros focos de ação violenta da Klan contra os negros. Todavia, no início do século XX, a seita voltaria com muita força e milhares de adeptos.
Espero ser essa resposta que estava procurando e ter ajudado!!