QUESTOES SOBRE O POEMA
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o amor?
03 – No primeiro verso, o poeta diz que o “Amor é fogo que arde sem se ver”. Explique o porquê?
04 _ Explique o verso: “É um solitário andar por entre a gente”
05 – De acordo com sua leitura e interpretação, como o autor entende o amor? Justifique sua resposta com passagens o texto.
Soluções para a tarefa
3. No poema "Amor é fogo que arde sem se ver", de Luís de Camões, o poeta fala no primeiro verso sobre como o amor é complexo, que queima igual fogo, porém seu calor é apenas sentido, não visto.
4. No verso “É um solitário andar por entre a gente” demonstra o recurso linguístico utilizado pelo poeta, mais uma vez, o da antítese. Assim, o amor é solitário, mesmo quando "anda" por entre as pessoas.
5. O poema demonstra a aproximação de opostos, afirma sobre um amor aparentemente contraditório, mas que faz parte da natureza do sentimento amoroso e do homem, utilizando a antítese.
Poema "Amor é fogo que arde sem se ver"
É um soneto (dois quartetos e dois tercetos) do poeta português Luís de Camões (1524 - 1580). Foi lançado em 1598 numa obra chamada "Rimas".
O desenvolvimento do soneto se apresenta com ideias em oposição, utilizando a aproximação de assuntos distantes para explicar a complexidade do amor.
Utiliza, assim, o recurso linguístico da antítese, já que apresenta diversas estrofes com palavras em contradição.
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