Questo 4
Passatempo ou obsessão?
Desde que o mundo é mundo, há pessoas que se dedicam a juntar bugigangas. Por que é preciso possui-las, e não só saber que elas existem? Apesar de não colecionar
objetos, o historiador alemão Philipp Blom coleciona teorias para explicar essa mania. Segundo ele, o hábito de juntar quinquilharias tem justificativas históricas, filosóficas e
psicológicas-todas tratam o colecionismo como algo mais que um simples passatempo de adolescentes. Tem a ver com sentimento de grupo, competição, medos, fracassos,
desejos não realizados, vontade de se isolar num mundo e ser capaz de comandá-lo.
Mas não pense que todo colecionador é um sujeito malamado, reprimido, solitário. Colecionar quando criança tem lá suas vantagens. Ensina a organizar e controlar as coisas,
decidir a vida e a morte de cada objeto. Eis uma boa forma de aprender a tomar decisões e a lidar com o mundo exterior. Quem passa da adolescência e continua colecionando
pode ter sido fisgado pelo saudosismo, na tentativa de reviver o tempo em que jogava bafo com o vizinho ou ia de mãos dadas com o pai comprar brinquedos.
Sabe-se hoje que já existiam colecionadores na Roma antiga e até no Egito-o faraó Tutancâmon tinha o seu acervo de porcelanas finas. Mas o colecionismo só saiu das
mãos dos reis quando a visão medieval do mundo se enfraqueceu, no século XVI. Depois de perceber que poderia perseguir a eternidade neste mundo e não no céu, o homem
passou a prestar mais atenção em si mesmo-uma onda de auto-retratos invadiu a Europa-e nas coisas da natureza. É aí que entram a ciência e, na garupa, o colecionismo.
Na euforia de conhecer a natureza e juntar objetos curiosos, os nobres enviavam marinheiros mundo afora para adquirir tudo que fosse digno de nota. Os portos de Roterdä e
Amsterdã enchiam-se de coisas maravilhosas e exóticas. Essas expedições fizeram a Europa conhecer tecnologias diferentes e se modernizar. Sem elas, até mesmo a paisagem
de alguns paises seria diferente. Destacado para encontrar plantas exóticas pelo planeta para enfeitar o palácio de Buckingham, o jardineiro inglês John Tradescant percorria o
mundo em navios caça-piratas no século XVIII. Na volta levava ao país espécies como a castanha, a tulipa e o limão-além de artigos de vestuário, urnas e o que mais se poderia
imaginar (Adaptado de Superinteressante, abril de 2004, p.60-63)
Resume-se cometamente o que diz o texto da seguinte maneira
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