QUESTÃO Nas cidades, impera a invisibilidade dos sujeitos que usam drogas – principalmente aqueles que estão em situação de extrema vulnerabilidade. A criminalização do tema faz com que as questões relacionadas ao uso de drogas sejam tratadas de forma simplista: como um “problema de polícia” e de confinamento dos envolvidos, constituindo uma verdadeira guerra, que não é contra as substâncias, mas sim contra pessoas. Estima-se no Brasil que a “guerra às drogas” mata pelo menos 30 mil pessoas por ano, em sua maioria jovens, pobres, negros e negras, moradores das favelas e periferias metropolitanas. Os sobreviventes superlotam os cárceres, 27% dos quase 600 mil presos são processados ou condenados por “tráfico” de drogas. Entre as mulheres, essa proporção chega à metade.
MELLO, Adriana Pacheco do Amaral et al. Coletânea Formação Sociocultural e Ética: Ética e Sociedade. Maringá -PR: Unicesumar, 2019, (adaptado).
Considerando o exposto no excerto acima, avalie as afirmativas:
I. No Brasil cerca de 30 mil mortes são ocasionadas por ano pela “guerra às drogas”, que atinge, majoritariamente, negros e negras, pobres, dentre outros.
II. A situação dos sujeitos que usam drogas é de vulnerabilidade e de invisibilidade, a qual tem sido tratada por um viés que simplifica a realidade.
III. O combate ao uso de drogas tem se resumido como algo a ser solucionado com o encarceramento dos envolvidos e como “caso de polícia”.
É correto que se afirma em:
Soluções para a tarefa
I, II e III estão corretas.
Em primeiro lugar, devemos levar em consideração que as drogas possuem dois mercados, sendo o primeiro, desenvolvido pelo tráfico, sendo um dos maiores impasses contra as autoridades e governos em todo o mundo.
E o segundo, a indústria farmacêutica, que acaba desenvolvendo uma série de remédios que tornam o indivíduo dependente do mesmo, assim como as drogas ilícitas, ou sob uso sem orientação.
Devemos entender que o combate as drogas é de questão pública, ou melhor do campo de saúde, não de segurança exclusivamente, pois o indivíduo que é dependente químico precisa ser tratado como alguém que pode ser reabilitado a sua condição original, não como um inválido e assim, devemos buscar uma sociedade mais igualitária incluindo questões de conscientização e educação.