História, perguntado por Vertis, 4 meses atrás

QUESTÃO 9
O capitalismo tem sua origem na compra e venda da força de trabalho, é o tipo de sistema vivido por quase todos os países no mundo. Ainda assim, podemos nos questionar se o melhor sistema é o capitalismo, pois é evidente que o capitalismo não é um sistema ideal, gerador de vários casos e situações de injustiças, desigualdade social, falta de distribuição de renda etc. (SOUZA, 2018).

SOUSA, Wanderly Alves de. Fundamentos Antropológicos e Sociológicos.
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018.

Diante de tal contexto, analise as afirmações a seguir:

I. O capitalismo está no centro de discussões no âmbito do Serviço Social, uma vez que seus profissionais dedicam-se ao enfrentamento das expressões da estão social, decorrentes da contradição entre capital e trabalho.

POR QUE

II. Marx afirmou que o sistema capitalista é responsável pela exploração crescente do proletariado por meio de suas análises, que evidenciara serem os trabalhadores a classe mais afetada no sistema capitalista.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:

Alternativas
Alternativa 1:
As asserções I e II são proposições falsas.

Alternativa 2:
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.

Alternativa 3:
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.

Alternativa 4:
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.

Alternativa 5:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

Soluções para a tarefa

Respondido por DanielSanchesdeLima
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Resposta:

Alternativa 4:

As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.  

OBS: Acredito que essa seja a resposta correta.

Explicação: Páginas 67 e 89 do Livro: Fundamentos Antropológicos e Sociológicos.

De maneira geral, podemos dizer que Aristóteles compreendeu que sociedade doméstica (a família e a aldeia) não tem um fim em si mesma, seu desenvolvimento tende naturalmente para a formação da “sociedade política”, pois a casa e a aldeia são associações incompletas que só encontram plenitude na polis. Sendo assim, a polis é o bem e a plena realização da natureza humana, e a família é o núcleo primeiro que compõe a sociedade. Parece ser clara a tradição grega que sem ordem social seria impossível a formação do Estado, e sem este não poderíamos falar em justiça, uma vez que justiça é atribuir a cada um aquilo que lhe é devido dentro da sociedade. Assim, uma sociedade sem Estado, ou seja, horizontalizada, sem hierarquias não só é utópica, tal como Marx a desejava, como é quase impossível de ser implementada nos dias de hoje, onde predomina o capitalismo, caracterizado por ser um sistema sociopolítico e econômico centrado na propriedade privada. Com efeito, sistemas políticos do tipo comunismo e mesmo anarquismo se revelam cada vez mais impossíveis de serem implantados dada a realidade da globalização mundial. Lembramo-nos de países fundamentalmente socialistas, como o caso de Cuba, de Fidel Castro, em que suas ideologias, ao vigorarem, acabaram por desfazer a composição da ideia de Estado tal como a concebemos por tradição histórica, o que conduziu a reconhecê-lo como ditador. Mas poderíamos legitimamente nos questionar se o melhor sistema é o capitalismo. Poderíamos responder que a pergunta não é trivial e muito menos a resposta, pois esta vai muito além de uma resposta pragmática. A razão da não trivialidade repousa no fato de que a resposta exige reflexão rigorosa uma vez que ela está no campo das ideias e do dever ser. Isso é, parece evidente que o capitalismo está muito longe de ser um sistema ideal, porque não é imperceptível os vários casos em que vigoram as injustiças, os antagonismos e as desesperanças semeadas por esse sistema, para aqueles que pensam a necessidade de construção de um sistema mais adequado.

Quando Marx empreendeu a análise do modo de produção capitalista, esse modo de produção ainda estava em seus primórdios. Marx orientou suas investigações de forma a dar-lhes valor de prognósticos. Remontou às relações fundamentais da produção capitalista e, ao descrevê-las, previu o futuro do capitalismo. Concluiu que se podia esperar desse sistema não somente uma exploração crescente do proletariado, mas também, em última análise, a criação de condições para a sua própria supressão.

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