QUESTÃO 2
A concepção da expressão sociedade civil, no texto, se fundamenta no papel de protagonismo nos contextos sociais da vida pública do cidadão. Este envolvimento com as questões sociais maximiza o campo de atuação deste indivíduo provido de uma identidade política, no seu sentido mais amplo. Problemas como o desemprego, a falta de moradia e a exclusão social, em todos os seus matizes, passam a ser objeto de análise e convivem cotidianamente com a sua vida particular. Leia o fragmento extraído do artigo científico intitulado Modelos contemporâneos de democracia e o papel das associações, de Lígia Helena Hahn Lüchmann, e se posicione acerca das considerações da autora, principalmente no que se refere ao papel das associações ao se tornarem parte da formulação e regulação de regras e políticas que diretamente estão relacionadas à realidade social do cidadão brasileiro.
A democracia deliberativa, por seu turno, ao acusar as fragilidades da democracia representativa e a redução da legitimidade do processo decisório ao resultado eleitoral, advoga que a legitimidade das decisões políticas advém de processos de discussão que, orientados pelos princípios da inclusão, do pluralismo, da igualdade participativa, da autonomia e do bem comum, conferem um reordenamento na lógica do poder político do modelo democrático liberal. Aqui, as associações recebem abrigo no conceito de sociedade civil, e, embora também se ventilem diferenças e divergências quanto ao seu lugar político, são consideradas como atores mais diretamente vinculados aos interesses e problemas da vida social. As associações também seriam responsáveis pela constituição de esferas públicas que problematizam, oxigenam e alteram os mecanismos tradicionais de formulação das regras e políticas que regulam e afetam a vida social.
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Para os que, mesmo reconhecendo a diversidade, o pluralismo e a complexidade social, pensam que a ordem democrática liberal não é a única possível no mundo contemporâneo, vale insistir em um diálogo com as teorias que procuram resgatar um ideário democrático assentado na participação. Assim, procurando manter um pé na realidade, a abordagem aqui parte da idéia de que, apesar de todas as limitações e os riscos, existem razões significativas para insistirmosna defesa de alguns pressupostos participativos e deliberativos. Em primeiro lugar, a dimensão da inclusão política. Como vimos, para a democracia deliberativa as decisões políticas devem ser tomadas por meio do debate público e racional, por aqueles que estarão submetidas a elas. Isso está diretamente relacionado à questão da inclusão política de indivíduos e/ou diferentes tipos de organizações sociais. As principais críticas a essa dimensão dainclusão estão ancoradas no argumento da apatia, por um lado, e da incapacidade participativa e argumentativa dos setores mais pobres da população, por outro lado. Ora, o número e o perfil dos participantes (esporádicos ou não) junto às experiências de orçamento participativo colidem, de certa forma, com essa base de argumentação: pesquisas mostram que a população, inclusivamente setores mais pobres, está ocupando diferentes espaços de participação
mouraobruno:
gente ja estao barrando essa resposta, caso copiar, favor alterar.
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