Questão 10 (UFV)
No início do período colonial, havia mais de trezentas linguas indígenas na América
portuguesa e a difusão da língua dos colonizadores deu-se muito lentamente. Somente
na segunda metade do século XVIII, durante a administração do Marquês de Pombal, a
metrópole adotou o que se poderia chamar de uma política de língua. Passou-se, a partir
de então, a coibir o uso do "nheengatu", a estimular-se e a impor-se o ensino da
gramática e da lingua portuguesa.
a) Com base nessas informações e nos seus conhecimentos, indique uma razão
que levou a metrópole lusitana a impor a língua portuguesa na Colônia.
b) Cite outra medida da administração pombalina que afetou os povos indígenas
me ajudem por favor gente
eu dou a melhor resposta
Soluções para a tarefa
Explicação:
a) No século XVIII, além das populações indígenas, vários outros segmentos sociais não utilizavam o português para se comunicar, mas sim a língua geral, falada por moradores de várias regiões da Colônia. Esta situação levou a Coroa a buscar meios de impor o português nos seus domínios americanos.
Além dos idiomas indígenas, nesta época também vigoravam línguas africanas, amplamente usadas pelos escravos e seus descendentes.
Apesar de não terem sido tão intensamente utilizadas como as línguas gerais indígenas e, tampouco, objeto de uma política específica de extinção neste período, as línguas africanas também significavam entraves ao projeto de exclusividade do português.
A perspectiva de impor aos índios o uso da língua portuguesa, no entanto, tinha um objetivo bem claro neste período: buscava transformá-los em vassalos iguais aos demais colonos. Isto se fazia necessário num momento no qual foram intensificados os conflitos territoriais entre Portugal e Espanha, acarretando a necessidade de o Rei de Portugal possuir um contingente populacional suficiente para habitar as suas fronteiras, garantindo assim a permanência dos seus domínios.
O uso da língua portuguesa seria empregado como um critério nas disputas de fronteira entre Portugal e Espanha, baseadas no princípio do uti possidetis.
A língua portuguesa teria, então, dois papéis principais: interferiria na identidade dos índios, tentando transformá-los em portugueses, o que, por sua vez, comprovaria a efetiva ocupação lusitana daquelas terras