Questão 10
A prática da discriminação racial no Brasil é histórica e ideologica, visto que os negros e indígenas
sempre foram considerados como oblitos de exploração e dominação. Dessa maneira, Florestan
Fernandes (1920-1995) demonstra em seus estudos que a igualdade formal de direito, concedida aos
negros em 1889, tornou o racismo mais insidioso e camuflado uma vez que pressupõe que o negro,
mesmo tendo sofrido um sistema secular de exploração e opressão, parte de bases iguais para competir
na sociedade de classes.
De acordo com o texto em tela
A.
É como se os negros estivesses em condições de igualdade com o branco para
competir por uma vaga de trabalho, na escola, no mercado, no poder político,
estabelecendo o mito da democracia racial.
A pratica da discriminação racial no Brasil ocorreu até os anos de 1888 com a abolição
da escravidão. A partir desse período as condições de igualdade, liberdade e
solidariedade passou a vigorar em nossa sociedade.
B.
O regime republicano de 1889 reconheceu a igualdade de direitos entre negros e
brancos, portanto podem competir em igual situação na sociedade.
0,
o mito da democracia racial no Brasil, acontece porque está arraigado no pensamento
da sociedade, pois o padrão de comportamento entre os brancos e negros são de
Soluções para a tarefa
A alternativa que melhor condiz com o conteúdo apresentado pelo texto da questão, é a letra A.
A discriminação racial é um tipo de preconceito que até hoje pode ser visto na sociedade. Porém, como o próprio texto menciona, por ter se formalizado como um crime, o mesmo ocorre de maneira camuflada na sociedade.
Quando vemos em nosso país, políticas que visam reduzir essa disparidades criadas por conta das desigualdades, e discriminações raciais, verificamos que as mesmas não abordam o conceito de equidade, que é tratar os desiguais na medida de suas desigualdades.
Sendo assim, vemos que a sociedade considera os negros hoje em patamar de igualdade, esquecendo por tudo que passaram e ainda vivem em relação a discriminação e oportunidades na sociedade
Resposta:
É como se os negros estivessem em condições de igualdade com o branco para competir por uma vaga de trabalho, na escola, no mercado, no poder político, estabelecendo o mito da democracia racial.
Explicação:
Baseio minha resposta na seguinte passagem do livro da disciplina "Sociedade Brasileira e Cidadania", da Unopar (p. 165):
"A questão racial se complexifica quando, em 1888, é abolida a escravidão e, em 1889, é inaugurado o regime republicano, que reconhece a igualdade formal de direitos entre negros e brancos. A partir de então, o racismo deixa de ser legalizado. Florestan Fernandes é um autor essencial para entendermos o significado contraditório dessa transformação, ao mostrar que, ao mesmo tempo em que o reconhecimento formal de direitos dos negros passa a ser uma arma de combate ao racismo, contraditoriamente, também serve como fator ideológico para justificar a sua reprodução. Isso porque a igualdade formal de direito tem como contrapartida tornar o racismo “mais insidioso” e camuflado uma vez que pressupõe que o negro, mesmo tendo sofrido um sistema secular de exploração e opressão, parte de bases iguais para competir na sociedade de classes, ou seja, é como se esse grupo social estivesse em condições de igualdade com o branco para competir por uma vaga de trabalho, para entrar e se manter no sistema escolar, entre outros fatores".