QUESTÃO 1
Para o filósofo Aristóteles (1991), a ideia de felicidade está vinculada a toda uma existência que propicie o bem aos outros contemporâneos, sobretudo pelos sentimentos, pensamentos e condutas entre os cidadãos. Ainda, esse afeto relaciona-se à escolha de um estilo de vida que possibilite harmonia não somente para si, mas em prol da humanidade e da boa consciência. Essas ações, somente com excelência, levam a felicidade. Tal agir disposto a uma vida mais digna seria alcançado tão somente se o sujeito buscasse oferecer ao próximo o seu melhor. Dessa maneira, as virtudes são os hábitos louváveis entre os sujeitos. A palavra virtude origina-se do latim vir que nomeia o homem ou o varão. Virtus significa poder, potência ou ainda a possibilidade de passar ao ato. Essas virtudes propõe um “meio termo entre dois vícios”, o vicio do excesso e o vício da carência ou falta. Entretanto, alguns afetos e ações não consentem um meio termo como o despeito, a inveja, o assassinato, já que são más em si (ARISTÓTELES, 1991, p. 38).
Por exemplo, tanto o medo como a confiança, o apetite, a ira, a compaixão e em geral, o prazer e a dor, podem ser sentidos em excesso ou em grau insuficiente; e, num caso como no outro, isso é um mal. Mas, senti-los na ocasião apropriada, com referência aos objetos apropriados, para com as pessoas apropriadas, pelo motivo e da maneira conveniente, nisso consistem o meio termo e a excelência característicos da virtude (ARISTÓTELES, 1979, p. 72).
Portanto, Aristóteles não acredita no inatismo ou em características que nasceram com os sujeitos. Pelo contrário, ao analisar as virtudes humanas coloca o exercício como pedra basilar para o desenvolvimento do sujeito com base no equilíbrio.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991 (adaptado).
Após esses breves comentários sobre Aristóteles (1991), leia a situação problema a seguir:
Uma jovem Licenciada em História está prestes a lecionar sua primeira aula no Ensino Médio. Enquanto se direciona para a sala de aula, alguns de seus alunos fazem bagunça no corredor e outros zombam da colega que acabou de colocar aparelho nos dentes. A sala está uma desordem, com lixo espalhado por todos os cantos. Como se não bastasse, a diretora olha com uma expressão muito séria em sua direção e espera uma atitude.
Após a leitura dos excertos e da situação problema, construa um texto argumentativo que aplique os ensinamentos de Aristóteles nos pensamentos, sentimentos e ações da jovem professora ao lidar com a situação apresentada.
Soluções para a tarefa
Para redigir um texto argumentativo sobre o tema, considere os seguintes fatores:
Seguindo a ideia de equilíbrio proposta por Aristóteles, sentir ira e agir de maneira mais enérgica nesse momento poderia ser uma resposta adequada nesse momento. Entretanto, gritar ou espernear, como popularmente diz-se, representaria um excesso, ou seja, não compreende uma virtude e sim um mal.
A professora também poderia sentir a carência, outro mal, que é a falta de algo - nesse caso, a falta de confiança, ao ver toda a bagunça, alunos aprontando e a pressão da diretora sobre ela.
A mesma poderia partir do princípio de equilíbrio para agir, convidando os alunos para adentrarem a sala, apresentando-se e pedindo silêncio. Se isso não ocorresse, entretanto, falar de maneira mais séria e advertir os alunos seria uma ferramenta válida para o contexto.
No mais, a experiência vem da prática, e a mesma irá aprender a organizar e manter a disciplina em sala de aula, pois do contrário, sofrerá do mal da falta, nesse caso, de sossego.
Espero ter ajudado!
Resposta:
Olá,
Para redigir um texto argumentativo sobre o tema, considere os seguintes fatores:
Seguindo a ideia de equilíbrio proposta por Aristóteles, sentir ira e agir de maneira mais enérgica nesse momento poderia ser uma resposta adequada nesse momento. Entretanto, gritar ou espernear, como popularmente diz-se, representaria um excesso, ou seja, não compreende uma virtude e sim um mal.
A professora também poderia sentir a carência, outro mal, que é a falta de algo - nesse caso, a falta de confiança, ao ver toda a bagunça, alunos aprontando e a pressão da diretora sobre ela.
A mesma poderia partir do princípio de equilíbrio para agir, convidando os alunos para adentrarem a sala, apresentando-se e pedindo silêncio. Se isso não ocorresse, entretanto, falar de maneira mais séria e advertir os alunos seria uma ferramenta válida para o contexto.
No mais, a experiência vem da prática, e a mesma irá aprender a organizar e manter a disciplina em sala de aula, pois do contrário, sofrerá do mal da falta, nesse caso, de sossego.
Explicação: