Questão 1-
A Lira XIV, reproduzida a seguir, foi extraída da obra Marília de Dirceu, publicada em 1792; já a canção Tempos Modernos pertence ao álbum homônimo, lançado em 1982.
Lira XIV – parte I
(...) Ornemos nossas testas com as flores.
E façamos de feno um brando leito,
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.
Tempos Modernos
(Lulu Santos)
(...) Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...
Por meio de uma leitura comparativa entre os dois textos, é CORRETO afirmar que: *
2 pontos
a) apesar de o tempo ser sempre o mesmo em todas as épocas, na modernidade ele parece passar mais rápido; daí a urgência do amor, presente na canção contemporânea de Lulu Santos, mas ausente na lira de Gonzaga, do século XVIII.
b) embora os textos tratem do mesmo tema, eles se diferem quanto à abordagem adotada. Na lira de Gonzaga, prevalece a idealização amorosa e a relação com a natureza; na canção de Lulu Santos, por sua vez, prevalece a relação entre amor e tempo.
c) ambos os textos apontam para a necessidade de se viver o tempo presente, decorrente da brevidade da existência; na lira de Gonzaga, o amor é tratado de forma idealizada, ao passo que, na canção de Lulu Santos, ele é essencialmente carnal.
d) embora escritos em épocas distintas, os textos tratam do mesmo tema e utilizam a mesma estratégia: o eu-poético tenta persuadir a amada a gozar os amores no momento presente, com base no argumento da fugacidade do tempo e da impossibilidade de se recuperá-lo.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A ) embora escritos em épocas distintas, os textos tratam do mesmo tema e utilizam a mesma estratégia: o eu-poético tenta persuadir a amada a gozar os amores no momento presente, com base no argumento de que o tempo passa rápido e é impossível recuperá-lo.
Explicação:
Após comparar ambos os textos, de Marília Dirceu e Lulu Santos, podemos afirmar, assim como o que está sendo apontado pela alternativa C, que os dois textos apontam para a necessidade de se viver o tempo presente, decorrente da brevidade da existência.
Na lira de Gonzaga, o amor é tratado de forma idealizada, ao passo que, na canção de Lulu Santos, ele é essencialmente carnal.
Enquanto na lira há toques de romantismo, a canção de Lulu apresenta um certo toque barroco com o Carpe Diem definindo o eu lírico.
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