questão 1 (174959)
Paulo Freire, no inicio da década de 1960 propõe uma nova metodologia à ser desenvolvida durante a alfabetização de adultos. Sua proposta destaca que por meio do exercicio do dialogo, os alunos passem a conhecer melhor o mundo. Encontrem maneiras de se posicionarem, frente aos problemas sociais que vão sendo desvelados pela realidade vivenciada. Assim, ao completar o pensamento, sobre o modo como Paulo Freire entende a Alfabetização, é importante considerar como Correta, a seguinte afirmativa:
A. Freire sugere temas ideológicos, colhidos do universo vocabular dos educandos, porém, tais temas, não devem ser colocados em discussão, nos círculos de cultura.
B. O método sugere que o professor valorize palavras soltas, fragmentadas e descontextualizadas da vida social e da experiência pessoal dos alunos, seguindo o aprendizado mecânico.
C. Freire e demais autores não consideram um método de excelência, por alfabetizar apenas pessoas do campo a partir de palavras soltas, fragmentadas e descontextualizadas da vida social dos alunos.
D. O educando passa a falar da realidade do seu trabalho de pedreiro de forma alienante e descaracterizada, socializando o seu saber a experiência.
E. A proposta de Freire deve partir da leitura de mundo, para a leitura de palavra. A leitura de mundo deve preceder a leitura da palavra e a leitura da palavra implica na continuidade da leitura do mundo.
Soluções para a tarefa
Resposta:
letra E
Explicação:
O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a "ler o mundo", na expressão famosa do educador. "Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)", dizia Freire. A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de "cultura do silêncio" e transformar a realidade, "como sujeitos da própria história".
Freire propõe a aplicação de seu método nas cinco fases seguintes:
1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico.
2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa seqüência gradativa das mais simples para as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social, cultural, política do grupo e/ou sua comunidade.
3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e nacionais.
4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão servir como subsídios, sem no entanto seguir uma prescrição rígida.
5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.
As ideias de Paulo Freire partem da leitura do indivíduo sobre o mundo e as relações sociais que a sociedade organiza. A partir dessa base, a alternativa E está correta. Para Paulo Freire a educação libertadora ia na contra-mão da escola tecnicista, visto que o indivíduo não deveria ser tratado como um objeto.
Na escola libertadora desenvolvida por Paulo Freire, vemos uma humanização do homem, e, uma busca por sua inclusão em sociedade através do conhecimento obtido em seu processo de formação.
O educador precisa ter um senso abrangente de entendimento sobre o mundo, e, não limitado, visto que isso poderá prejudicar as relações entre aluno e professor.
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