QUESTÃO 01 – Leia as informações a seguir.
I – O território brasileiro está localizado em uma área tectonicamente estável, o relevo brasileiro é bastante
antigo, tendo sido desgastado por processos erosivos durante milhões de anos.
II – O relevo da região onde você mora é especificamente de planalto, isso é justificado pelo Rio Amazonas que nasce no Peru na Cordilheira dos Andes.
III – A maior parte do território brasileiro é de planaltos, ou seja, áreas mais elevadas do relevo. Nessas áreas
existem muitas montanhas, serras, picos e montes.
IV – As principais unidades de relevo do Brasil são as planícies, depressões e planaltos. As planícies são
terrenos relativamente planos formados pela deposição e sedimentos de origem fluvial. A Planície do Rio
Amazonas, por exemplo, é resultado do acúmulo de sedimentos transportados pelos rios.
V – As Depressões são terrenos com altitudes variáveis nos quais ocorrem formas variadas de relevo, como
chapadas, morros, colinas, serras e montanhas. As Depressões brasileiras sofreram muito desgaste em
consequência da ação dos agentes externos, ou seja, das águas da chuva e dos rios se também dos ventos.
VI – Os planaltos são terrenos mais rebaixados em relação ao seu entorno, devido a processos de desgaste.
Os planaltos brasileiros são todos relativos, isto é, ficam acima do nível do mar. Essas formas de relevo se
originaram do desgaste das depressões.
- Estão corretas, apenas:
A) I, II e V. B) I, II e III. C) I, III e IV. D) III, IV e VI.
Soluções para a tarefa
O RELEVO BRASILEIRO NO CONTEXTO
DA AMÉRICA DO SUL
Jurandyr Luciano Sanches Ross
Universidade de São Paulo
Resumo
O relevo brasileiro só pode ser entendido a partir dos
processos geomorfológicos que afetaram o continente
sul-americano. Os processos morfogenéticos do Brasil
estão relacionados com a abertura do Oceano Atlântico
e a formação da Cadeia Orogenética dos Andes. A
epirogênese meso-cenozóica desencadeou os proces-
sos desnudacionais e estabeleceram a compartimenta-
ção do relevo. As macroformas associam-se às mega-
estruturas dos Crátons, Cinturões Orogenéticos e Ba-
cias Sedimentares herdadas do Gondwana, produzidas
pelas fases erosivas pré e pós-Cretáceo. As variações
altimétricas do Planalto Brasileiro decorrem da tectôni-
ca que soergueu desigualmente as estruturas que
sustentam as macroformas a partir do Cretáceo com
vínculos à tectônica Andina. No oeste do continente
orogenia e no centro-leste arqueamentos e falhamen-
tos que criaram desníveis de antigas superfícies de
erosão, acompanhadas de processos erosivos e depo-
sicionais Terciários e Quaternários, tanto em climas
secos como quentes e úmidos que possivelmente gera-
ram rebaixamento geoquímico.
Palavras-chave: relevo; processos estruturais; proces-
sos esculturais; tectônica; orogênese; epirogênese.
ara ser melhor interpretado, o relevo brasileiro precisa ser contextualizado na macrocom-
partimentação e geodinâmica do continente sul americano, que por sua vez depende da
morfotectônica global. Ficou menos difícil contextualizar a evolução morfogenética das
macroformas contidas no território do Brasil e da América do Sul a partir do momento em que
pesquisadores da geociência formularam as bases da teoria da Tectônica de Placas. A partir des-
sa concepção teórica, ainda que possa haver debates sobre sua total validade, criaram-se condi-
ções de se interpretar as estruturas geológicas antigas e recentes, bem como os seus efeitos nas
formas e na gênese do relevo na perspectiva tectônica e estrutural de modo mais lógico. Os fatos
geotectônicos, tanto do passado como do presente, passaram a ser interpretados dentro do arca-
bouço global do planeta e não mais como fatos regionais ou locais desconectados do todo.
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