QUESTÃO 01- (ENEM/2017)- Entrei numa lida muito dificultosa. Martírio sem fim o de não entender nadinha do que vinha nos livros e do que o mestre Frederico falava. Estranheza colosso me cegava e me punha tonto. Acho bem que foi desse tempo o mal que me acompanha até hoje de ser recanteado e meio mocorongo. Com os meus, em casa, conversava por trinta, tinha ladineza e entendimento. Na rua e na escola — nada; era completamente afrásico. As pessoas eram bichos do outro mundo que temperavam um palavreado grego de tudo. Já sabia ajuntar as sílabas e ler por cima toda coisa, mas descrencei e perdi a influência de ir à escola, porque diante dos escritos que o mestre me passava e das lições marcadas nos livros, fiquei sendo um quarta-feira de marca maior. Alívio bom era quando chegava em casa. BERNARDES, C. Rememórias dois. Goiânia: Leal, 1969. O narrador relata suas experiências na primeira escola que frequentou e utiliza construções linguísticas próprias de determinada região, constatadas pelo: (A) registro de palavras como "estranheza" e "cegava". (B) emprego de regência não padrão em "chegar em casa". (C) uso de dupla negação em "não entender nadinha". (D) emprego de palavras como "descrencei" e "ladineza". (E) uso do substantivo "bichos" para retomar "pessoas".
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Resposta:
D) emprego de palavras como"descrencei"e ladineza"
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