Português, perguntado por marileite2, 11 meses atrás

Quero uma análise do livro O Pequeno Príncipe

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Respondido por topzera6
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O protagonista da narrativa apresentada na obra O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry, é um jovem príncipe, tão pequeno quanto os alunos da comunidade. Ele vive só, no pequeno asteroide B 612. Certo dia, um vento forte traz ao seu lar um botão de flor. A arrogante rosa, nascida desse botão, repele a atenção do menino. Decepcionado por não encontrar na rosa qualquer demonstração de afeto, o jovem príncipe parte, sozinho, para outros planetas, buscando a amizade.

 

As atitudes comportamentais do principezinho assemelham-se ao comportamento de uma criança em uma situação real de convívio com o outro: atitudes afetivas e intuitivas. O jovem príncipe busca, em sua primeira comunicação com o aviador, a resolução de uma situação problema: em seu asteroide, não há carneiros para comer os baobás, uma vegetação de crescimento rápido, capaz de destruir, com suas raízes, o pequeno lugar em que vive. O carneiro seria útil porque poderia comê-los. O príncipe pede insistentemente ao aviador que lhe desenhe um carneiro. O aviador, perplexo ao ver o jovem com vestimentas nobres em meio ao calor e ao vazio do Saara, procura descobrir, por meio de perguntas, seu nome, o lugar de onde veio, etc. As perguntas feitas pelo adulto não são respondidas pela criança, cujo objetivo é conseguir a posse do carneiro.

 

Esse comportamento relaciona-se ao da criança pré-escolar: entre os cinco e os seis anos de idade, a criança utiliza-se da fala não com o intuito de comunicar uma informação a um interlocutor, mas na tentativa de solucionar um conflito: no caso da personagem da história, adquirir um carneiro e levá-lo ao seu asteroide.

– Por favor… desenha-me um carneiro!
– O quê?
– Desenha-me um carneiro […]
– Mas… que fazes aqui? E ele repetiu, lentamente, como se estivesse dizendo algo muito sério:
– Por favor… desenha-me um carneiro […]
Então, perdendo a paciência, e como tinha pressa em desmontar o motor, rabisquei o desenho ao lado. E arrisquei:
– Esta é a caixa. O carneiro que queres está aí dentro. E fiquei surpreso ao ver iluminar-se a face do meu pequeno juiz:
– Era assim mesmo que eu queria! Será preciso muito capim para esse carneiro?
– Por quê?
– Porque é muito pequeno onde eu moro…
– Qualquer coisa chega. Eu te dei somente um carneirinho! Inclinou a cabeça sobre o desenho:
– Não é tão pequeno assim. Olha, ele adormeceu… E foi assim que conheci, um dia, o pequeno príncipe.

 

A expressão linguística observada na comunicação entre o aviador e o pequeno príncipe aproxima-se do pensamento do adulto, que atua, constantemente, com conceitos abstratos. O diálogo final entre as personagens, indicando o retorno do principezinho para o asteroide B 612, apresenta o conceito abstrato “morte”, através da voz da criança. O príncipe conduz o aviador ao pensamento reflexivo sobre sua partida, propondo a diferenciação entre a matéria e a essência. O Pequeno Príncipe é picado por uma serpente do deserto. O aviador o encontra quase sem vida sobre a areia.

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