quero um texto dissertativo argumentativo sobre corrupção e política
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
Desde o início da Operação Lava-Jato, em março de 2014, a corrupção voltou a dominar o debate político no Brasil. As investigações centram fogo em um amplo esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. A rede de corrupção envolve, além da estatal, grandes empreiteiras e diversos partidos políticos.
Apesar de a maioria das pessoas relacionar a corrupção às ações dos diversos governos em nível federal, estadual e municipal, não estamos falando de um mal restrito à esfera pública. Muitos estudos apontam que a corrupção no âmbito governamental é uma extensão dos maus hábitos da população – afinal, os políticos saem do corpo da sociedade.
A corrupção na sociedade já foi tema de redação da Unesp em 2014 e é um assunto que continua muito pertinente. Afinal, ele permite uma reflexão sobre nossas condutas cotidianas e propõe um olhar sobre valores éticos e morais.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais e do Instituto Vox Populi revelou que 23% dos brasileiros acham que dar dinheiro ao guarda para evitar a multa não é um ato corrupto. Isso pode ser um demonstrativo de como a cultura do “jeitinho brasileiro”, em que ações como falsificar carteira de estudante, comprar diploma falso ou “roubar” o sinal da TV a cabo não são percebidos como corrupção. Muitos, inclusive, não consideram que o ato de sonegar impostos tenha relação com a corrupção.
Na verdade, quem pratica esses pequenos atos de corrupção está cuidando apenas de seu interesse pessoal sobre as regras sociais vigentes. Ou seja, pratica individualmente o conceito de levar alguma vantagem mesmo que isso cause um prejuízo à sociedade. É nesse ponto que os comportamentos dos desvios cotidianos e das corrupções de grande montante público se encontram: interesses privados de alguns indivíduos se sobrepõem aos interesses públicos e gerais da sociedade. “Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções”, afirma o promotor Jairo Cruz Moreira, coordenador da campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”, do Ministério Público.
Além da corrupção na esfera pública, é importante destacar que ela existe também no mundo privado. É comum que funcionários responsáveis por compras e contratações das empresas recebam dinheiro e presentes para beneficiar uma determinada companhia num processo de concorrência, em prejuízo do próprio local onde trabalha. E aí aparece mais uma distorção do sistema penal brasileiro. Apesar de ser punida com severidade em muitos países, no Brasil a corrupção entre empresas privadas não é considerada crime – desde que não envolva um funcionário público. Somente agora, no projeto de reforma do Código Penal que tramita no Congresso, está prevista a introdução de punição, com pena de até quatro anos de prisão.
O primeiro passo para a construção de uma sociedade menos corrupta e mais justa é priorizar o interesse da coletividade em relação aos benefícios pessoais. Mas em uma sociedade em que o vale-tudo do individualismo é cada vez mais forte, fica mais fácil culpar os políticos por todos os males do país.
Apesar de a maioria das pessoas relacionar a corrupção às ações dos diversos governos em nível federal, estadual e municipal, não estamos falando de um mal restrito à esfera pública. Muitos estudos apontam que a corrupção no âmbito governamental é uma extensão dos maus hábitos da população – afinal, os políticos saem do corpo da sociedade.
A corrupção na sociedade já foi tema de redação da Unesp em 2014 e é um assunto que continua muito pertinente. Afinal, ele permite uma reflexão sobre nossas condutas cotidianas e propõe um olhar sobre valores éticos e morais.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais e do Instituto Vox Populi revelou que 23% dos brasileiros acham que dar dinheiro ao guarda para evitar a multa não é um ato corrupto. Isso pode ser um demonstrativo de como a cultura do “jeitinho brasileiro”, em que ações como falsificar carteira de estudante, comprar diploma falso ou “roubar” o sinal da TV a cabo não são percebidos como corrupção. Muitos, inclusive, não consideram que o ato de sonegar impostos tenha relação com a corrupção.
Na verdade, quem pratica esses pequenos atos de corrupção está cuidando apenas de seu interesse pessoal sobre as regras sociais vigentes. Ou seja, pratica individualmente o conceito de levar alguma vantagem mesmo que isso cause um prejuízo à sociedade. É nesse ponto que os comportamentos dos desvios cotidianos e das corrupções de grande montante público se encontram: interesses privados de alguns indivíduos se sobrepõem aos interesses públicos e gerais da sociedade. “Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções”, afirma o promotor Jairo Cruz Moreira, coordenador da campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”, do Ministério Público.
Além da corrupção na esfera pública, é importante destacar que ela existe também no mundo privado. É comum que funcionários responsáveis por compras e contratações das empresas recebam dinheiro e presentes para beneficiar uma determinada companhia num processo de concorrência, em prejuízo do próprio local onde trabalha. E aí aparece mais uma distorção do sistema penal brasileiro. Apesar de ser punida com severidade em muitos países, no Brasil a corrupção entre empresas privadas não é considerada crime – desde que não envolva um funcionário público. Somente agora, no projeto de reforma do Código Penal que tramita no Congresso, está prevista a introdução de punição, com pena de até quatro anos de prisão.
O primeiro passo para a construção de uma sociedade menos corrupta e mais justa é priorizar o interesse da coletividade em relação aos benefícios pessoais. Mas em uma sociedade em que o vale-tudo do individualismo é cada vez mais forte, fica mais fácil culpar os políticos por todos os males do país.
Perguntas interessantes
Geografia,
10 meses atrás
Matemática,
10 meses atrás
Filosofia,
10 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
Inglês,
1 ano atrás
Química,
1 ano atrás