Filosofia, perguntado por amaralvivian664, 3 meses atrás

Quero um resumo
Concepções filosóficas sobre o trabalho A obra Abaporu (1928) da artista Tarsila do Amaral, que ilustra a abertura deste capitulo, reverencia o trabalhador brasileiro, em uma época que pincelava um novo cenário da história do Brasil. Sobre o fundo azul, verde e amarelo da bandeira nacional, as tradições rurais, o universo mitico e a modernidade urba- na brasileira se entrelaçam, desvelando algo comum a todos os trabalhadores: sejam os do meio rural, sejam aqueles vindos de todos os cantos para assumir o trabalho duro nas fábricas. Os enormes pés e mãos ressaltam o trabalho em sua forma fisica, manual, braçal, realizado pela maioria esmagadora dos trabalhadores do pais, em oposição ao trabalho intelectual, expressado na tela pela pequena cabeça, desvalorizada, desproporcional, privilégio de poucos, inacessível para tantos. Uma cabeça que pensa cada vez menos diante de um corpo imenso, explorado, que trabalha cada vez mais. Essa oposição retratada na obra, entre os trabalhos manual e intelectual, não é uma questão ex- clusiva do país ou de uma época. A divisão do trabalho é um fenômeno historicamente construido e com sérias consequências na vida dos individuos. Isso acontece porque o trabalho não se reduz à pro- dução para satisfação das necessidades básicas da vida; é através dele que o ser humano transforma o mundo e a si mesmo; portanto, toda mudança na forma das relações de trabalho altera as relações das pessoas na sociedade e sua percepção de si mesma. Para entender esse movimento, é necessário voltar à Grécia antiga. No poema grego O trabalho e os dias, Hesiodo (fim do século VIII a.C.) faz um elogio ao trabalho. De origem camponesa, o poeta apresenta a vida simples da Grécia arcaica, anterior ao surgimento das ci- dades; uma sociedade agrária, oligárquica, em que se valorizam o trabalho com a terra e a produção de alimentos. Nesse contexto, o orgulho de ser guerreiro, tão enaltecido nos poemas de Homero, è substi- tuído pelo orgulho de ser agricultor. O trabalho passa a valorizar a riqueza alcançada através do esforço e da disciplina. Em outro contexto, no mito de Prometeu e Pandora, Hesiodo apresenta o trabalho como um castigo de Zeus. A criação do homem e da mulher configura uma nova concepção de mundo, marcada pela sepa- ração entre deuses e mortais. Semin pog' Tom O el Conta o mito que houve um tempo de harmonia entre humanos e deuses, sem a existência ainda da noção de trabalho, pois a terra produzia, naturalmente, o suficiente para o sustento das pessoas. Assim, os homens viviam no ócio, longe dos males e dos trabalhos difíceis. Os problemas surgiram após as discórdias entre Zeus e o tità Prometeu, o que provocou mudanças na vida dos humanos. A primeira discórdia ocorreu quando Prometeu dividiu um boi em dois montes, sepa- rando, de um lado, a carne gorda coberta com o couro do boi e, de outro, os ossos descar- nados recobertos de gordura brilhante. Zeus escolheu o monte coberto com as gorduras, recebendo apenas ossos descarnados. Sentindo-se enganado, ele castigou os homens, ocultando-lhes o fogo. Prometeu enfrentou os deuses, roubou-lhes o fogo e o ofereceu aos mortais. Zeus ficou enfurecido e castigou Prometeu, acorrentando-o ao alto de uma montanha onde uma ave, todos os dias, vinha comer-lhe o fígado. Para Pandora, a primeira mulher e mãe de todo o gênero humano, Zeus enviou um jar- ro repleto de bens e males que se espalhariam pelo mundo caso ela o destampasse. Pan- dora, movida pela curiosidade, abriu a tampa do jarro e espalhou os bens e os males pelo mundo. Desde então, o ser humano precisa garantir sua subsistência por meio da terra, colhendo seus frutos através do suor de seu trabalho, condenado a uma vida de trabalho duro e muito esforço. Na concepção de Hesiodo, ganhar o pão com o suor do próprio rosto não é uma maldição, mas uma bênção necessária. O homem será senhor do seu destino somente na medida em que se lançar ao trabalho, dia após dia, sem descanso. Com sua obra, uma nova classe popular, até então excluída da cultura, ganha sua autoconsciência e independência, os valores "justiça" e "virtude estão associados à capacidade de trabalho do homem. Na obra de Hesiodo há uma dualidade: o trabalho se apresenta como um bem e um mal, ou seja, ao mesmo tempo em que o poeta faz um incentivo ao trabalho, este é apresentado como um castigo. Pon A caixa de Pandors 1893 OL​

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Respondido por elamambretti
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O trabalho acompanha a história do homem. Dos mitos gregos à divisão social do trabalho, muitas crenças e conceitos, procuraram explicar a relação do homem com o meio em que vive e que possibilita sua sobrevivência.

As Concepções filosóficas sobre o trabalho

Hesíodo nos conta que o trabalho nada mais é que uma divisão imposta aos homens. Afinal, houve um tempo em que deuses e mortais divertiam-se juntos numa vida ociosa, sem necessidades.

Entretanto, por castigo, como no mito de Prometeu ou por vaidade e descuido, contado na lenda de Pandora, fomos condenados a acreditar que é o trabalho que dá sentido e dignidade às nossas vidas, sendo uma verdadeira benção.

É pelo trabalho que adquirimos conhecimentos e aprimoramos nosso senso de justiça, diferenciamos o bem do mal, o certo do errado e as virtudes dos vícios. É o trabalho que diferenciou os seres humanos, entre braçais e intelectuais, pobres e ricos, dominantes e dominados.

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