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A origem dos povos Francos
Apesar de terem desempenhado um papel muito importante na história europeia, a origem do povo Franco ainda é considerada um grande mistério para os pesquisadores. Os modernos acreditam que esta população surgiu quando diversos outros povos menores se unificaram e passaram a habitar a região do vale do rio Reno.
Por outro lado, Gregório de Tours, cronista e historiador, afirma que os Francos vieram de um local chamado Panônia, província do Império Romano, que hoje representa outros territórios, entre eles os austríacos, húngaros e croatas.
O que se sabe bem é que, por volta do ano de 250, alguns francos perceberam o enfraquecimento do Império Romano e foram penetrando em outros territórios chegando até a Tarragona, onde atualmente está a Espanha.
Apesar de se considerarem livres, esta liberdade dita pelos francos era vivida plenamente somente pelos homens. Mulheres tinham menos direitos, assim como os escravos, que vinham de outras populações conquistadas.
Os francos viviam em constante combate contra os Romanos, mas seu reinado teve uma longa história e permaneceu até o século XIII, quando os reis da dinastia Capetiana de França ainda se intitulavam ex-Francorum ou Reis Francos. Mais tarde, os Francos viriam a originar o povo Francês.
O reino dos francos, portanto, para os historiadores, durou desde o ano 481 até 843, quando o Império Carolíngio, que era do reinado franco, foi dividido em 3 partes.
Clóvis foi o primeiro Rei Franco. Ele fazia parte da dinastia merovíngea, iniciada por Meroveu, seu avô, líder dos francos sálios. Estes por sua vez, têm uma origem ainda mais difusa, considerada até um pouco lendária, já que eles se diziam descendentes diretos dos troianos.
Mas apesar do reinado levar o nome do avô, foi Clóvis quem conseguiu os maiores feitos para o Reino dos Francos. Com controle, ele conseguiu reunir e fortificar seu povo, derrotando o líder romano que comandava a região da Gália.
Ele também venceu outras batalhas e conseguiu não somente se tornar rei, como também o reconhecimento de outros povos, como é o caso do Império Bizantino Anastácio. Isso acabava por lhe render poder e respeito, o que ajudou a unificar ainda mais a população mantendo o seu reinado forte. Os romanos, porém, nunca aceitaram sua liderança, e continuavam em guerra constante para recuperar as áreas perdidas.
No final do século V, Clóvis então se converte ao cristianismo, aproximando o Reino Franco do Papa e da Igreja Católica, lhe conferindo ainda mais legitimidade como rei e como líder de um povo. Os descendentes de Clóvis mantém o crescimento do reino e continuam conquistando ainda mais territórios, aumentando a área do Reino dos Francos, que chegou a cobrir quase que o território total do que hoje conhecemos como a França.
Mas os outros reis que vieram após Clóvis, não tinham a mesma competência que ele para unificar e controlar. Deu-se início, portanto, aos chamados “reis indolentes”, cujas conturbações e derrotas foram revertidas mais tarde por Clotário II já em meados do ano de 613.
Clotário II começou a dividir o território entre seus nobres, condados e marcas, conquistando assim mais força política e apoio. Para ajudar na administração deste tipo de reinado, criou-se então a figura do Majordomo, uma liderança que poderia tomar decisões juntos aos nobres, em nome do Reino dos Francos.
Com o passar do tempo, o Marjordomo foi ganhando ainda mais espaço e poder dentro do reinado, chegando a ter ainda mais influência e poder de decisão do que o próprio Rei. Por isso, no ano de 732, o então majordomo Carlos Martel reuniu e liderou exércitos para evitar o avanço dos Mouros na região, em uma batalha que ficou historicamente conhecida como Batalha de Poitiers.
Com a morte de Carlos Martel, a função de majordomo foi dividida entre seus descendentes, Carlomano e Pepino, o breve. O primeiro abriu mão do cargo e se juntou à igreja, enquanto Pepino consolidou ainda mais as alianças com a Igreja Católica para que conseguisse ser considerado em um posto real.
Foi então que juntamente com o Papa Zacarias, que Pepino, o Breve, impõe um golpe político e consegue prender o Rei Franco, tomando o poder para si. Em seguida, veio Carlos Magno, que criou leis escritas, aumentou seu poder e viveu a chamada prosperidade econômica. Ele criou escolas, igrejas e traduziu diversos livros greco-romanos. Com sua morte, em 814, Luis Piedoso veio ao poder, que por sua vez faleceu, deixando o Reino Franco para seus três filhos.
Estes por sua vez, disputaram o reino por muito tempo e depois de muitas batalhas, resolveram assinar o Tratado de Verdun, no ano de 843. Cada um ficou com parte do território, que descentralizado e fraco, acabou sendo invadido pelos Normandos. Assim se deu o fim do Reino dos Francos.