Quem venceu a divergencia entre as oligarquias e os militares? Justifique sua resposta.
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1 resposta · História
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Oligarquia e exército nunca se acertaram na I República.
O exército tem uma formação orgânica, hierarquizada e fortemente influenciada pelo chamado "espírito de corpo".
Apesar de sua formação fechada em academias militares (que criavam uma espécie de sucessão familiar nas graduações mais altas - major para cima), as escolas de cadetes tinham uma certa abertura à classe média, que permitia uma renovação maior dessa arma.
Foi por esse motivo que, ainda em 1891, Deodoro se chocou com o Congresso constituinte (cujas bancadas representavam, em sua maioria, as bancadas oligárquicas dos estados), defendendo um presidencialismo mais centralizado.
O exército ficou com Deodoro, da mesma forma que depois apoiou a permanência de Floriano (contra a Marinha, que era majoritariamente monarquista), mesmo que tenham sido de grupos rivais na primeira eleição - ambos eram marechais, e essa condição de chefes militares reaproximou seus apoiadores.
Existia também a influência do positivismo, por ex-alunos de Benjamin Constant, coronel e depois ministro da Guerra que promoveu a "profissionalização" do exército brasileiro, retirando a sua condição de apoiador das facções oligárquicas locais e passando a recrutar militares de carreira, para uma função permanente, e não mais elementos sociais perturbadores que era melhor que estivessem ao lado da ordem do que contra ela.
Assim sendo, colocou fora de formação a Guarda Nacional (que tinha os "coronéis", os oligarcas locais).
Constant já tinha entrado em confronto ainda com Deodoro e sua reforma foi sempre adiada.
A partir de então se criou um foco permanente de descontentamento no exército.
Em 1904, os cadetes da Escola Militar se aproveitaram da revolta popular contra vacina e se posicionaram contra o governo. Foi uma tentativa de golpe, abortada por tropas fiéis ao presidente Rodrigues Alves.
As revoltas de 1922, 1924 e 1930 foram apenas uma continuação desse conflito.
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Oligarquia e exército nunca se acertaram na I República.
O exército tem uma formação orgânica, hierarquizada e fortemente influenciada pelo chamado "espírito de corpo".
Apesar de sua formação fechada em academias militares (que criavam uma espécie de sucessão familiar nas graduações mais altas - major para cima), as escolas de cadetes tinham uma certa abertura à classe média, que permitia uma renovação maior dessa arma.
Foi por esse motivo que, ainda em 1891, Deodoro se chocou com o Congresso constituinte (cujas bancadas representavam, em sua maioria, as bancadas oligárquicas dos estados), defendendo um presidencialismo mais centralizado.
O exército ficou com Deodoro, da mesma forma que depois apoiou a permanência de Floriano (contra a Marinha, que era majoritariamente monarquista), mesmo que tenham sido de grupos rivais na primeira eleição - ambos eram marechais, e essa condição de chefes militares reaproximou seus apoiadores.
Existia também a influência do positivismo, por ex-alunos de Benjamin Constant, coronel e depois ministro da Guerra que promoveu a "profissionalização" do exército brasileiro, retirando a sua condição de apoiador das facções oligárquicas locais e passando a recrutar militares de carreira, para uma função permanente, e não mais elementos sociais perturbadores que era melhor que estivessem ao lado da ordem do que contra ela.
Assim sendo, colocou fora de formação a Guarda Nacional (que tinha os "coronéis", os oligarcas locais).
Constant já tinha entrado em confronto ainda com Deodoro e sua reforma foi sempre adiada.
A partir de então se criou um foco permanente de descontentamento no exército.
Em 1904, os cadetes da Escola Militar se aproveitaram da revolta popular contra vacina e se posicionaram contra o governo. Foi uma tentativa de golpe, abortada por tropas fiéis ao presidente Rodrigues Alves.
As revoltas de 1922, 1924 e 1930 foram apenas uma continuação desse conflito.
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