História, perguntado por maisamaoliveira, 8 meses atrás

Quem participava do processo de leitura e escrita dos povos maias (Se possivel,só fale a resposta,ou faça um resumo,obrigada)

Soluções para a tarefa

Respondido por pamelacanal88
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Resposta:

Entre todos os sistemas de escrita existentes na Mesoamérica, segundo alguns especialistas, a escrita maia é considerada uma das mais desenvolvidas. Esse sistema de escrita, de fato, foi fruto do intercâmbio cultural estabelecido com a civilização olmeca, que anteriormente ocupou a região mexicana entre os anos de 1500 e 400 a.C.. Desprovido de um sistema alfabético, a escrita maia contava com um extenso conjunto de caracteres que representavam sons ou símbolos.

Os pesquisadores ainda não foram capazes de decifrar integralmente os códigos usados pelos maias. Somente com o auxílio de computadores é que, recentemente, cerca da metade dos caracteres foram traduzidos. Toda essa dificuldade é proveniente da falta de um padrão simplificado onde um glifo representa um único som ou letra. A escrita dos maias adota o uso de um mesmo caractere para representar dois ou mais símbolos e sons. Ao mesmo tempo, um mesmo conceito poderia ser representado por caracteres completamente diferentes.

Além de constituir uma forma de comunicação entre os maias, a escrita também tinha uma vinculação religiosa. Os maias acreditavam que a escrita era um presente dos deuses e, por isso, deveria ser ensinada a uma parcela privilegiada da população. De maneira geral, utilizavam diferentes materiais para o registro de alguma informação. Pedras, madeira, papel e cerâmica eram os materiais mais recorrentes. Além disso, os maias também fabricavam livros e códices confeccionados a partir de fibra vegetal, resina e cal.

De forma geral, os documentos maias privilegiavam o registro dos fatos cotidianos do povo. Uma importante função da escrita era o registro do tempo, pelo qual eram regulamentados os períodos de celebração religiosa. Outros escritos contavam do desenvolvimento de novos conhecimentos e rituais religiosos. Infelizmente, boa parte desse material foi perdido com o processo de dominação espanhola. O bispo Diego Landa, em 1566, esforçou-se para traduzir alguns documentos com a ajuda dos índios catequizados.

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