- Quem foi Heitor dos Prazeres?
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Resposta:
Heitor dos Prazeres foi um compositor, cantor e pintor brasileiro. Foi um dos pioneiros na composição dos sambas e participou da fundação das primeiras escolas de samba do Brasil
Resposta:
Heitor dos Prazeres (1898-1966) foi um compositor, cantor e artista plástico brasileiro. Em parceria com Noel Rosa compôs a famosa música carnavalesca “Pierrô Apaixonado”.
Heitor dos Prazeres nasceu no Rio de Janeiro, no dia 23 de setembro de 1898. Filho de Eduardo Alexandre dos Prazeres, marceneiro e clarinetista da banda da Guarda Nacional e da costureira Celestina Gonçalves Martins. Com sete anos ficou órfão de pai, com quem aprendera os primeiros passos da profissão de marceneiro e se alegrava ouvindo o som de polcas, valsas e choros em seu clarinete.
Já mostrando sua vocação musical recebe do tio Hilário Jovino, o primeiro cavaquinho, e com esforço da mãe, é matriculado em uma escola profissionalizante, onde cursava o primário e a profissão de marceneiro. Influenciado pelo tio, aprendeu a compor suas primeiras músicas e logo chamou a atenção do compositor e pianista Sinhô.
Ainda jovem, para ajudar nas despesas da casa, foi engraxate, jornaleiro e ajudante de marceneiro. Sempre junto com seu cavaquinho passou a frequentar as reuniões realizadas na casa de Tia Ciata, local também frequentado pelos compositores Sinhô, Donga, Pixinguinha, e João da Baiana, onde na mistura dos ritmos dos instrumentos de percussão com o cavaquinho surgiram vários sambas.
Na década de 20, já se destacava entre os famosos compositores do carnaval carioca, era chamado de “Mano Heitor do Estácio”. Tocando seu cavaquinho, arrastava os foliões pelas ruas do Rio.
Participou da criação das primeiras escolas de samba, entre elas: a Estação Primeira da Mangueira e da Vai Como Pode, depois transformada em Portela, à qual ele deu as cores azul e branca.
Em 1929, a Portela foi a primeira vencedora do concurso de escolas com sua composição “Não Adianta Chorar”. Em 1931, casou-se com Glória, com quem teve três filhas.
Em 1936 ficou viúvo e passou a desenvolver seu gosto pela pintura. Retratava a vida e a cultura das favelas cariocas, pintava as morenas, rodas de samba, crianças brincando de soltar balão e pipas, a vida boêmia nas ruas da Lapa, as primeiras casas nos morros, as festas de rua etc.
Com sua pintura colorida e alegre, participou de algumas exposições e recebeu diversos prêmios e homenagens pelo Brasil, entre eles, o 3º lugar na Bienal de Arte Moderna de São Paulo, com o quadro “Moenda”, em 1951 e a homenagem com sala especial na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953.
Em 1954 criou os cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Em 1959, realizou sua primeira exposição individual, na Galeria Gea, no Rio de Janeiro.
Heitor dos Prazeres, além de participar do elenco da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, se apresentava no Cassino da Urca, onde tocava, cantava e dançava.
Como compositor, escreveu diversas composições, entre elas: Sou Eu Quem dou as Ordens, Lá em Mangueira, em parceria com Herivelto Martins, Vai Saudade, Pierrô Apaixonado, com Noel Rosa, Vou te Abandonar, Gosto Que Me Enrosco, Linda Rosa, entre outras.
Heitor dos Prazeres faleceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de outubro de 1966