quem eram os patrícios
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Resposta:
A palavra patrício deriva do latim patres, designação dada a famílias cujos chefes tinham um lugar no Senado. O patriciado existiu ao longo de toda a história de Roma, desde o período régio até à queda do Império, e pouco se modificou em suas características básicas, embora seu poder e influência tivessem variado ao longo dos séculos. As famílias patrícias alegavam descender dos fundadores de Roma, sugerindo que seu prestígio antedatava a formação da cidade, quando a região era governada pelas principais famílias das antigas tribos itálicas, mas as origens desse sistema são incertas. Uma possível explicação é que surgiu como uma articulação política de famílias influentes, mas a motivação principal pode ter sido de natureza econômica ou social, como uma aliança de ajuda mútua entre famílias ligadas por laços de parentesco. O patriciado desde o início assumiu um caráter aristocrático, e constituiu a única nobreza de Roma até o fim da monarquia.[1]
Os patrícios detinham vários privilégios governamentais, dentre eles a isenção de tributos, a exclusiva possibilidade de se tornarem soberanos de Roma e também a de serem magistrados, oficiais e senadores. Desempenhavam altas funções no exército, na religião, na justiça e na administração pública. Eram em geral grandes proprietários de terra e credores dos plebeus.[1] Na cidade habitavam num domus, uma grande e sofisticada residência, e em suas propriedades rurais, nas villas, casas senhoriais.
Originalmente patrícios não podiam casar com plebeus. Ao longo do tempo, com a extinção de muitas gentes, seu número se reduziu. Das cerca de 130 gentes patrícias originais, no ano de 367 a.C. restavam apenas 22, compostas por 81 famílias. No final da República eram 14 gentes, com cerca de 30 famílias, mas Júlio César instituiu uma lei possibilitando o ingresso de novas famílias.[1][2]
Na era republicana vários cargos públicos importantes se tornaram acessíveis à plebe, incluindo as mais altas magistraturas — o consulado e o senado — perdendo o patriciado parte de sua força política, mas preservando significativo prestígio e influência, especialmente quando pertencentes as famílias mais tradicionais.[3][1] Preservaram também o monopólio dos cargos de rei das coisas sagradas, de sálios, dos três flâmines principais, e de príncipe do senado. Mantiveram ainda o privilégio de foro especial,[1] e aparentemente só eles podiam contrair o matrimônio solene conhecido como confarreatio.[2]
Uma cadeira curul, símbolo de autoridade entre os romanos.
Na República os patrícios também deixaram de representar a nobreza com exclusividade. Com a aquisição de riqueza e poder por muitas famílias plebeias, foi introduzido o conceito de nobilitas, que dispensava o requisito do sangue patrício e dependia apenas da notoriedade, da posse dos direitos de cidadania e sobretudo do exercício da virtude cívica, sendo atribuível a plebeus na condição de que suas famílias tivessem tido acesso ao consulado ou a alguma outra magistratura curul, que detinha poder de imperium.[4][5] A partir do período imperial a nobilitas passou a depender eminentemente da riqueza, condicionada à posse de pelo menos um milhão de sestércios.[6]
Vespasiano (r. 69–79) foi o primeiro imperador a pertencer à plebe, mas assim que ascendeu à dignidade imperial o senado concedeu-lhe o estatuto, providência repetida para todos os seus sucessores que caíam na mesma situação. No âmbito do senado, era apanágio dos patrícios serem escolhidos como inter-rei, e somente aos senadores patrícios cabia a auctoritas patrum, que lhes dava o poder de confirmar as deliberações das assembleias populares, mas no século III a.C. o privilégio havia se tornado mera formalidade. Constantino (r. 306–337) revitalizou o patriciado, mas apenas como distinção honorária, pessoal e vitalícia, não extensiva à família. Mesmo assim, esses novos patrícios tinham o direito de precedência sobre os oficiais e cônsules. Zenão restringiu o título para os prefeitos pretorianos e urbanos de Constantinopla, para os mestres dos soldados e os cônsules.[2] No fim do Império Romano do Ocidente os patrícios recuperaram poder e virtualmente monopolizaram as funções da administração pública.[1] No Império Bizantino indicou uma dignidade da corte.[7]
Explicação:
Resposta:
os patrícios originalmente eram os cidadãos que constituiam a aristocracia da Roma antiga, equivalendo a uma forma de nobreza hereditária
Explicação:
espero ter ajudado