Quem eram os nacionalistas e os entreguistas no governo constitucional de vargas ?
Soluções para a tarefa
Duas grandes vertentes de opinião, preexistentes, exacerbaram as suas posições no período: a que foi rotulada pelos seus adversários de “entreguista”, por não dispensar, ter como necessária mesmo, a ajuda e a associação com o capital externo; e, em oposição a essa, a nacionalista, contrária à penetração do capital estrangeiro e denunciadora do imperialismo internacional. Esse debate relaciona-se, em parte, com a crise política, que adquiriu tal magnitude e se tornou prioritária nas atenções nacionais.
Nacionalismo, soberania e questões conexas foram elementos construtivos da discussão havida no período em tela, verdadeira transição em termos de política exterior, que se desdobrou na Operação Pan-Americana de Juscelino Kubitschek de Oliveira e na Política Externa Independente de Jânio Quadros e João Goulart, consentâneas com o nacional desenvolvimentismo então vivido pelo país.
O permanente problema relativo à exportação e à defesa do preço do café – principalmente daquele que era vendido para os Estados Unidos – exacerbou-se no segundo governo Vargas e no de Juscelino Kubitschek. Se se atentar para o alto percentual então representado pelo café na pauta das exportações brasileiras, poder-se-à aquilatar a magnitude de tal questão.61 Vargas chegou mesmo, tão logo assumiu a presidência, a procurar outras alternativas de mercado, sobretudo na Europa, para a sua colocação. O peso do café na pauta das exportações brasileiras e o fato de os Estados Unidos, tradicionalmente, serem os principais compradores, diminuíam, em escala considerável, a margem de manobra do Brasil. Os Estados Unidos tinham, nessa situação, um meio de exercer pressão sobre a economia brasileira.