Quem eram os inimigos da Ditadura Militar?
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Resposta:
No momento em que o regime militar recrudescia, a morte de Marighella (conhecido como ‘inimigo número 1 da ditadura militar’) era crucial para o governo. A posse de Médici em 30 de outubro de 1969 e a decretação do AI-5 quase um ano antes (13 de dezembro de 68) marcavam o início de um dos períodos mais vergonhosos e sangrentos de nossa História.
Em uma emboscada na Alameda Casa Branca, na capital paulista, em 4 de novembro de 1969, Carlos Marighella foi assassinado por 29 agentes da ditadura militar. Ele estava desarmado.
Carlos Marighella
No comando da ação, o líder do chamado esquadrão da morte, o delegado do DOPS Sérgio Paranhos Fleury.
“Havia o desejo de receber o bônus da ditadura por ter eliminado o seu inimigo número um. Fleury não abria mão disso, daí ter conseguido a condição de executor da operação (sem tomar nenhum tiro, enquanto o coordenador acabou ferido). Marighella era um troféu precioso demais e Fleury deu um jeito de ficar com a fama de ter sido o homem que o matou, mesmo não reivindicando a autoria do tiro de misericórdia.”
(trecho do livro de Emiliano José)
Ao lado de 7 irmãos, o comunista baiano Marighella foi filho de um anarquista italiano e uma negra do Recôncavo Baiano. Ele lutou contra duas ditaduras, a do Estado Novo e a ditadura militar. Poeta, foi autor também do “Manual do Guerrilheiro Urbano”.
No ano passado, a banda Racionais MC’s lançou a música Mil Faces de um Homem Leal em homenagem ao líder guerrilheiro.