quem eram os faraós negros
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Também conhecidos como Dinastia Núbia, eles foram a última dinastia do Terceiro Período Intermediário do Egito.
Tudo começou entre os séculos XVI e XIII a.C., quando o Egito realizou um processo de invasão e domínio sobre os núbios, um povo que vivia na região sul do rio Nilo — atual Sudão. Sem serem tão opressivos, os egípcios incorporaram à civilização núbia vários de seus costumes e tradições.
Em 770 a.C., Piye, rei da Núbia, iniciou investidas militares que reunificariam o Egito, que estava totalmente fragmentado. Partindo com tropas para o norte, o exército núbio chegou à cidade de Tebas. Eles travaram batalhas durante aproximadamente um ano, até que Piye se tornou o primeiro faraó negro do Egito. Em troca de suas vidas, os derrotados ofereciam a Piye suas riquezas. Quando menos se esperava, Piye retornou para sua terra natal e nunca mais retornou ao Egito.
Os faraós negros reunificaram o Egito, realizaram grandes feitos e construíram monumentos grandiosos. Eles eram poderosos e guerreiros, e suas tropas foram praticamente as únicas que conseguiram combater os povos assírios no Egito. Essa inteligência questionou as ideias dos pensadores e historiadores do século XIX, que colocavam os povos africanos em uma posição inferior.
O fim da dinastia se deu ao fato de, após muitas investidas militares por parte dos assírios, o reinado de Taharqa — filho de Piye — ter se enfraquecido. Recuado para o sul, o último dessa dinastia se viu obrigado a abandonar o Egito, pois os assírios haviam invadido o território.
Um fato interessante é que, mesmo com o fim da dinastia, a cultura egípcia preservou características provenientes do contato com esse reino africano.
Fontes: História do Mundo e Brasil Escola.
