História, perguntado por rhuanzinho800, 10 meses atrás

Quem era os torturados e qual o motivo alegado para a prisão?

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Respondido por natalia8323013
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O livro “Bagulhão” é a primeira denúncia pública de presos políticos sobre torturas e torturadores. O documento começou a ser produzido pelos presos em 1969, de forma conjunta, e foi feito de forma sigilosa, para que os militares não tivessem conhecimento sobre ele

Por Elaine Patrícia Cruz, da Agência Brasil

Uma carta escrita por presos políticos do Presídio Romão Gomes, conhecido como Barro Branco, em São Paulo, em 1975, e que trazia nomes e codinomes de 233 torturadores do regime militar no país foi revista e virou um livro, lançado hoje (16) na Assembleia Legislativa paulista pela Comissão Estadual da Verdade de São Paulo.

O livro Bagulhão: A Voz dos Presos Políticos contra os Torturadores traz a carta que foi enviada ao presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (na época) Caio Mário da Silva Pereira. Segundo a comissão, foi a primeira denúncia pública de presos políticos sobre torturas e torturadores, embora outros documentos tenham sido elaborados na época e divulgados, mas de forma clandestina.

O nome Bagulhão se refere, segundo o ex-preso político Reinaldo Morano Filho, ao fato de o documento ganhar volume com o passar do tempo e também porque bagulho, na linguagem usada por quem estava preso, significava algo que os “presos temiam muito” ou algo perigoso. O documento, segundo ele, começou a ser produzido pelos presos em 1969, de forma conjunta, e foi feito de forma sigilosa, para que os militares não tivessem conhecimento sobre ele. O primeiro nome da lista de torturadores é o do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) de São Paulo.


bom estudo

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