quem era o maior bandeirante
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Bandeirantes é a denominação dada aos sertanistas do período colonial, que, a partir do início do século XVI, penetraram no interior da América do Sul em busca de riquezas minerais, sobretudo o ouro e a prata, abundante na América espanhola, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos. Contribuíram, em grande parte, para a expansão territorial do Brasil além dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, ocupando o Centro Oeste e o Sul do Brasil.[1] E foram os descobridores do ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.[2]
Segundo Carvalho Franco, a maioria dos bandeirantes eram descendentes de primeira e segunda geração de portugueses em São Paulo, sendo os capitães das bandeiras de origens europeias variadas, havendo não só descendentes de portugueses, mas também de galegos, castelhanos e cristãos novos, além de alguns casos de parentescos genoveses, bascos, sarracenos, napolitanos e toscanos, entre outros.[3] Compunham minoritariamente[4] as tropas segmentos de índios (escravos e aliados) e caboclos (mestiços de índio com branco),[4] normalmente chegando a, no máximo, vinte por cento do contingente total,[5] e executando as tarefas secundárias da tropa, tal qual a manutenção dos mantimentos e cuidados dos animais de abate.[5] Informa Afonso d'Escragnolle Taunay, citando uma carta do jesuíta Justo Mancila, que a segunda bandeira, a de Nicolau Barreto, em 1602, foi composta por 270 portugueses, número elevado, considerando que São Paulo tinha poucos habitantes: "No ano de 1602, saiu de São Paulo a buscar e trazer índios, Nicolau Barreto com o pretexto de buscar minas e levou em sua companhia 270 portugueses e três clérigos".[6]
Darcy Ribeiro apresenta um panorama racial diverso, afirmando que a miscigenação com os índios era a regra na sociedade bandeirante, inclusive entre a elite, os "homens bons". Nos primórdios, a estrutura familiar paulista era patricênica e poligâmica, formada pelo pai, suas mulheres indígenas com suas respectivas proles e os parentes delas. O casamento católico apenas se firmou mais tarde.[7] A maior bandeira de Manuel Preto e Antônio Raposo Tavares, ocorrida em 1629, era composta por 69 brancos, 900 mamelucos e 2 mil indígenas, demonstrando o enorme peso demográfico ameríndio naquele ambiente.[8]
Além do português, os bandeirantes também falavam a língua tupi, língua esta que era por vezes a utilizada cotidianamente por eles.[9] Foi com termos tupis que os bandeirantes nomearam os vários lugares por onde passaram, originando muitos dos atuais topônimos brasileiros, como Jundiaí, Piracicaba, Sorocaba, Taubaté, Guaratinguetá, Mogi das Cruzes, São Luiz do Paraitinga, Tatuapé etc.[10] Os bandeirantes foram os responsáveis pela escravização e pelo extermínio de centenas de milhares de indígenas.[7] Não obstante, a figura do bandeirante foi reconstruída sob uma ótica positiva no final do século XIX e sobretudo nas décadas de 1920 e de 1930, como meio encontrado pela elite paulista de afirmar seu poder em um contexto de enfraquecimento da sua influência política.[11][12][13]
Segundo Carvalho Franco, a maioria dos bandeirantes eram descendentes de primeira e segunda geração de portugueses em São Paulo, sendo os capitães das bandeiras de origens europeias variadas, havendo não só descendentes de portugueses, mas também de galegos, castelhanos e cristãos novos, além de alguns casos de parentescos genoveses, bascos, sarracenos, napolitanos e toscanos, entre outros.[3] Compunham minoritariamente[4] as tropas segmentos de índios (escravos e aliados) e caboclos (mestiços de índio com branco),[4] normalmente chegando a, no máximo, vinte por cento do contingente total,[5] e executando as tarefas secundárias da tropa, tal qual a manutenção dos mantimentos e cuidados dos animais de abate.[5] Informa Afonso d'Escragnolle Taunay, citando uma carta do jesuíta Justo Mancila, que a segunda bandeira, a de Nicolau Barreto, em 1602, foi composta por 270 portugueses, número elevado, considerando que São Paulo tinha poucos habitantes: "No ano de 1602, saiu de São Paulo a buscar e trazer índios, Nicolau Barreto com o pretexto de buscar minas e levou em sua companhia 270 portugueses e três clérigos".[6]
Darcy Ribeiro apresenta um panorama racial diverso, afirmando que a miscigenação com os índios era a regra na sociedade bandeirante, inclusive entre a elite, os "homens bons". Nos primórdios, a estrutura familiar paulista era patricênica e poligâmica, formada pelo pai, suas mulheres indígenas com suas respectivas proles e os parentes delas. O casamento católico apenas se firmou mais tarde.[7] A maior bandeira de Manuel Preto e Antônio Raposo Tavares, ocorrida em 1629, era composta por 69 brancos, 900 mamelucos e 2 mil indígenas, demonstrando o enorme peso demográfico ameríndio naquele ambiente.[8]
Além do português, os bandeirantes também falavam a língua tupi, língua esta que era por vezes a utilizada cotidianamente por eles.[9] Foi com termos tupis que os bandeirantes nomearam os vários lugares por onde passaram, originando muitos dos atuais topônimos brasileiros, como Jundiaí, Piracicaba, Sorocaba, Taubaté, Guaratinguetá, Mogi das Cruzes, São Luiz do Paraitinga, Tatuapé etc.[10] Os bandeirantes foram os responsáveis pela escravização e pelo extermínio de centenas de milhares de indígenas.[7] Não obstante, a figura do bandeirante foi reconstruída sob uma ótica positiva no final do século XIX e sobretudo nas décadas de 1920 e de 1930, como meio encontrado pela elite paulista de afirmar seu poder em um contexto de enfraquecimento da sua influência política.[11][12][13]
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