História, perguntado por vitoriaceliane18, 11 meses atrás

Quem era o lider da revolta da cachaça?
Por favor me ajude!!!

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Respondido por baianotony2011
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Resposta:

Explicação:

Aguardente virou símbolo das lutas pela independência do Brasil

Revolta da Cachaça, também chamada de Revolta do Barbalho ou Bernarda, é um episódio pelo qual passou a História do Brasil. Ocorrido no Rio de Janeiro, entre o final de 1660 e o começo de 1661, foi motivado pelo aumento de impostos excessivamente cobrados aos fabricantes de aguardente.

Em meados do século XVII, o comércio de açúcar havia transformado o Rio de Janeiro em um dos maiores polos econômicos do império português. Mas, em Portugal, um acontecimento mudaria a vida fluminense. Em 1647, uma Carta Régia visando à proteção do monopólio português no comércio de vinho e aguardente (chamado de bagaceira) foi expedida, sendo regulamentada em 1649, abriu a exceção de seu consumo para os escravos e em Pernambuco – que se encontrava sob o domínio holandês.

Em 1654, os invasores holandeses foram expulsos de Pernambuco e começaram a produzir açúcar nas Antilhas. Em poucos anos, a concorrência acabou arrasando a economia do Rio, cujo açúcar era de baixa qualidade. Enquanto o lado legal do mercado canavieiro fluminense afundava, o ilegal crescia. No fim da década de 1650, a cachaça vendia como nunca. Os alambiqueiros não se escondiam por causa de sua atividade clandestina; muitos deles eram conhecidos fazendeiros, influentes na administração da capitania do Rio de Janeiro. Para coibir a ilegalidade, uma nova ordem foi expedida em 1659 no sentido de destruir todos os alambiques da colônia, bem como os navios que transportavam o produto.

Esse quadro, em que a produção de aguardente no Brasil Colônia era uma atividade ilícita, teve exceção no Rio de Janeiro, onde a situação foi tratada de forma diversa.

Salvador Correia de Sá e Benevides governava o Rio de Janeiro no início de 1660. Visando o melhor aparelhamento das tropas coloniais, instituiu uma taxa sobre as posses dos habitantes. Como a economia açucareira estava em crise, os vereadores sugeriram, em compensação, que fosse liberado o comércio da cachaça, aceita por decreto em 31 de janeiro de 1660. Isso aumentaria a arrecadação e, ao mesmo tempo, diminuiria as dores de cabeça dos alambiqueiros. O problema é que a decisão contrariava as leis de Portugal. Após o protesto da Companhia Geral do Comércio do Brasil, o capitão-general teve que revogar a decisão. A bebida continuou proibida e Salvador de Sá pressionou a Câmara a aprovar o intragável imposto sobre a riqueza dos cidadãos.

Tendo de viajar a São Paulo, o governador deixou seu tio Tomé de Sousa Alvarenga encarregado de aplicar a cobrança, inclusive com uso da força.

 

Revolta

Embora na cidade do Rio de Janeiro não ocorressem incidentes, os produtores da região norte da Baía da Guanabara, então Freguesia de São Gonçalo do Amarante (atuais municípios de São Gonçalo e Niterói), se rebelaram contra os impostos.

Durante seis meses, houve reuniões na fazenda de Jerônimo Barbalho Bezerra, na Ponta do Bravo (atual bairro do Gradim, em São Gonçalo).

Na madrugada de 8 de novembro de 1660, os revoltosos, liderados pelo fazendeiro, atravessaram a Baía convocando o povo da cidade pelo toque de sinos a reunir-se diante do prédio da Câmara. Totalizavam 112 senhores de engenho – dez de São Gonçalo – que exigiam o fim da cobrança das taxas, bem como a devolução daquilo já arrecadado. Tomé de Sousa Alvarenga, tio do governador e em exercício durante sua ausência, mostrou-se fraco diante dos amotinados, que, sob a promessa de pagamento dos soldos em atraso, haviam conseguido a deserção dos soldados. Refugiando-se no Mosteiro de São Bento junto ao provedor-mor Pedro de Sousa Pereira, Alvarenga não se esquivou de ser feito prisioneiro.

Durante a rebelião, foram saqueadas as casas da família Correia e de Salvador de Sá. Alvarenga foi enviado para Portugal junto a uma lista de acusações contra sua família, então poderosa. Na praça, foi aclamado Agostinho Barbalho como novo governador, mas este recusou o cargo e buscou abrigo no Convento de Santo Antônio, de onde foi retirado à força e obrigado a assumir o cargo.

Empossado, Agostinho buscou esfriar os ânimos, fez nomeações e procurou agradar à família Correia. Suas atitudes conciliadoras agradaram a Salvador de Sá que, informado dos acontecimentos em São Paulo, reconheceu-lhe no cargo, apoio que gerou a insatisfação dos revoltosos, fazendo-o derrotado nas eleições para a Câmara, que havia convocado. Seu governo findou em 6 de fevereiro de 1661, quando a Câmara conduziu seu irmão, Jerônimo Barbalho, à governadoria. Este agiu autoritariamente, perseguindo aos jesuítas, aliados de Salvador de Sá, e também aos militares. Isso lhe fez surgir poderosa oposição.

Instado pelos padres da Companhia de Jesus, Salvador de Sá organizou uma tropa de paulistas (na maioria índios e mestiços) com o apoio de dois navios que lhe foram enviados da Bahia, chegando em abril. espero ter ajudado

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