quem era o coronel da republica velha e como exercia o controle politica local?
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O Brasil republicano teve início marcado por características bem singulares. A monarquia foi derrubada por militares e logo se constituiu o que ficou conhecido como República da Espada, com os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Em seguida deu-se início o longo período de presidentes civis que se estenderia até 1930 conhecido como República Velha. Nesta fase da república brasileira a realidade esteve muito marcada por laços entre as elites dominantes que governaram o país de acordo com seus interesses por muito tempo.
A política da República Velha foi completamente dominada e manipulada por estruturados métodos oligárquicos que garantiam a manutenção dos interesses. Ferramentas de manipulação como a Política dos Governadores, o Coronelismo e o Voto de Cabresto constituíam a grande estrutura de poder das elites conhecida como Política do Café com Leite.
Apesar de o termo Coronelismo ter se marcado com uma identificação muito grande com o período da República Velha no Brasil, sua origem remete a outra época e situação política no país. Quando o regime político ainda era monárquico foi criada a Guarda Nacional por ocasião da deposição do então Imperador Dom Pedro I, em abril de 1831. Surgia então o coronelismo institucional, uma vez que os postos militares foram colocados à venda pelo governo da regência entre 1831 e 1842, o que permitiu que os proprietários de terra e os providos de recursos necessários comprassem os títulos de tenente, capitão, major, tenente-coronel e o mais importante de todos, coronel da Guarda Nacional.
No decorrer do período republicano o termo Coronelismo permaneceu existente, mas com uma representatividade mais presente no dia a dia do povo brasileiro e principalmente com maiores poderes. Nessa época, eram chamados de coronéis os grandes latifundiários, eventualmente também alguns comerciantes, que desfrutavam de um grande poder sobre trabalhadores carentes e analfabetos, o que na prática constituía grande parte da população brasileira.
Com a capacidade de exercer grande comando sobre os trabalhadores de suas terras, os coronéis formavam regimes e tributos em suas regiões, estabelecendo impostos cobrados sobre a população. Era também a partir de tal meio de controle que se formavam os traços pelos quais se desenhava toda a realidade da política nacional. Os coronéis, em acordo com os governadores, determinavam em quem seus comandados iriam votar. Como naquela época o voto não era secreto os trabalhadores tinham medo de desobedecer as ordens dos coronéis com receio de sofrerem punições físicas ou perderem suas fontes de sobrevivência, era o chamado Voto de Cabresto. Desta forma se dava a exclusão política e o controle dos espaços de representação da sociedade, período marcado por práticas autoritárias e violentas.
Por causa dos serviços que os coronéis prestavam ao Poder Executivo nacional ganhavam prestígio e mais poder, uma vez que a ação dos mesmos foi fundamental para que a manutenção do regime oligárquico e consecutivamente dos interesses das elites fossem mantidos.
O Coronelismo marcou a cultura política brasileira na República Velha incisivamente, só começou a perder suas forças a partir da década de 1920 com a modernização dos espaços e a ascensão de novos grupos sociais. O processo de migração para as cidades começou a se intensificar também, as pessoas se deslocavam para os centros urbanos onde tinham contato com mais informações, educação e os avanços da comunicação. Mesmo assim, o Coronelismo permaneceu existente até meados da década de 1960.
A política da República Velha foi completamente dominada e manipulada por estruturados métodos oligárquicos que garantiam a manutenção dos interesses. Ferramentas de manipulação como a Política dos Governadores, o Coronelismo e o Voto de Cabresto constituíam a grande estrutura de poder das elites conhecida como Política do Café com Leite.
Apesar de o termo Coronelismo ter se marcado com uma identificação muito grande com o período da República Velha no Brasil, sua origem remete a outra época e situação política no país. Quando o regime político ainda era monárquico foi criada a Guarda Nacional por ocasião da deposição do então Imperador Dom Pedro I, em abril de 1831. Surgia então o coronelismo institucional, uma vez que os postos militares foram colocados à venda pelo governo da regência entre 1831 e 1842, o que permitiu que os proprietários de terra e os providos de recursos necessários comprassem os títulos de tenente, capitão, major, tenente-coronel e o mais importante de todos, coronel da Guarda Nacional.
No decorrer do período republicano o termo Coronelismo permaneceu existente, mas com uma representatividade mais presente no dia a dia do povo brasileiro e principalmente com maiores poderes. Nessa época, eram chamados de coronéis os grandes latifundiários, eventualmente também alguns comerciantes, que desfrutavam de um grande poder sobre trabalhadores carentes e analfabetos, o que na prática constituía grande parte da população brasileira.
Com a capacidade de exercer grande comando sobre os trabalhadores de suas terras, os coronéis formavam regimes e tributos em suas regiões, estabelecendo impostos cobrados sobre a população. Era também a partir de tal meio de controle que se formavam os traços pelos quais se desenhava toda a realidade da política nacional. Os coronéis, em acordo com os governadores, determinavam em quem seus comandados iriam votar. Como naquela época o voto não era secreto os trabalhadores tinham medo de desobedecer as ordens dos coronéis com receio de sofrerem punições físicas ou perderem suas fontes de sobrevivência, era o chamado Voto de Cabresto. Desta forma se dava a exclusão política e o controle dos espaços de representação da sociedade, período marcado por práticas autoritárias e violentas.
Por causa dos serviços que os coronéis prestavam ao Poder Executivo nacional ganhavam prestígio e mais poder, uma vez que a ação dos mesmos foi fundamental para que a manutenção do regime oligárquico e consecutivamente dos interesses das elites fossem mantidos.
O Coronelismo marcou a cultura política brasileira na República Velha incisivamente, só começou a perder suas forças a partir da década de 1920 com a modernização dos espaços e a ascensão de novos grupos sociais. O processo de migração para as cidades começou a se intensificar também, as pessoas se deslocavam para os centros urbanos onde tinham contato com mais informações, educação e os avanços da comunicação. Mesmo assim, o Coronelismo permaneceu existente até meados da década de 1960.
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