quem dominava boa parte das cidades gregas
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Resposta:
O Período Arcaico da história da civilização grega, ocorrido entre os séculos VIII e VI a.C., foi caracterizado principalmente pelo fim da comunidade gentílica, que se formou no Período Homérico, e pelo fortalecimento da organização dos membros da sociedade em torno das pólis, as cidades-Estado, comandadas por uma aristocracia proprietária de terras.
A formação da aristocracia (a classe social proprietária de terras) ocorreu em razão do fim das comunidades gentílicas (formadas a partir dos gens, pequenos grupos familiares), comandadas por um páter, um homem que dominava os grupos familiares, pois os parentes mais próximos, os eupátridas, passaram a dispor das melhores terras da comunidade. Aliado a esse processo de formação de um grupo social superior, com a aristocracia dominando e explorando o trabalho das demais pessoas da sociedade, houve a consolidação da propriedade privada das terras e dos instrumentos de trabalho, criando uma situação diferente do período anterior, quando havia a propriedade coletiva.
A economia agrícola foi se desenvolvendo no sentido de deixar de ser uma economia doméstica, limitada a pequenos espaços. Neste caso, entende-se economia doméstica como a produção de subsistência das famílias, sem que tenha importância a troca de produtos entre comunidades diferentes. Passaram a desenvolver uma economia de trocas de produtos entre as diversas cidades-Estado, criando mercados para além dos limites das comunidades.
Isto resultou na consolidação das cidades-Estado como forma de organização política, econômica e social da sociedade grega. A pólis (cidade, em grego) era uma organização social politicamente independente. Era uma organização social por estabelecer formas de convivência das pessoas que habitavam a pólis e politicamente independente por contar com um governo próprio e com leis que diziam respeito apenas à pólis, formando assim um Estado independente. Em razão disso, a pólis grega era também conhecida como cidade-Estado. Os habitantes da pólis que tinham direitos políticos eram chamados de cidadãos. Os habitantes de outras cidades-Estado, apesar de serem gregos e falarem a mesma língua, eram considerados estrangeiros caso estivessem em uma pólis diferente da que havia nascido.
A área urbana da pólis era também conhecida como núcleo urbano. O núcleo urbano se localizava no centro da pólis e era a sua principal área, havendo ainda uma região em volta da pólis, a área rural, que era constituída por vilas e os campos agrícolas e de pastoreio. No núcleo urbano havia ainda a acrópole, a ágora e a asty.
A acrópole era a parte mais elevada da cidade, funcionando como fortificação de defesa e também era um local de templos religiosos e edificações da administração política.
A discussão política da comunidade era realizada na ágora, havendo ainda edifícios públicos neste local. Geralmente próximo à ágora, havia o mercado, a asty, onde eram comercializados os produtos produzidos na pólis e outros que viam do exterior.
Havia ainda uma produção manufatureira, cujas mercadorias eram feitas por um artesão com suas próprias mãos e ferramentas, que se desenvolvia nas pólis. Ao mesmo tempo ocorreu a volta da utilização da escrita. Entretanto, esta escrita que voltou a ser utilizada se baseava no alfabeto fenício, que aos poucos foi sendo adaptado pelos gregos, de acordo com as mudanças ocorridas na linguagem.
No início do Período Arcaico, as pólis eram governadas por monarquias¹. Mas o desenvolvimento econômico e social das elites aristocráticas levou a uma série de descontentamentos e lutas que resultaram na formação da oligarquia (em grego, governo de poucos). Estes poucos eram os aristocratas que passaram a enriquecer, sendo, a partir daí, a riqueza o critério para se exercer o poder, e não mais a tradição que sustentava a monarquia.
No Período Arcaico, a Grécia teve mais de cem cidades-Estado autônomas e independentes, sendo que as mais conhecidas foram Esparta e Atenas.
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