“Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, mas foram os reis que transportaram as pedras? E Babilônia, tantas vezes destruída, quem outras tantas a reconstruiu? Em que casada da Lima Dourada moravam seus obreiros?”
(Perguntas de um operário que lê. Bertold Brecht)
O historiador grego Heródoto, que viveu no século V a.C. costuma ser considerado o “Pai da História”. Ele se interessava, em suas pesquisas, entre outras coisas, pelas maravilhas e pelos monumentos que ele considerava, muitas vezes, expressões da influência divina.
A - Heródoto defende que o Nilo seja a personificação do próprio Egito e, por isso, o Faraó tenha que mantê-lo sempre protegido e cuidado. No momento em que o Nilo é conquistado, o Egito perde a sua autonomia política.
B - Heródoto atribui apenas à presença do Nilo (ou seja, a um aspecto natural) o desenvolvimento do Egito. Nesse sentido, ele despreza a importância da presença humana, do trabalho empreendido na utilização do rio e dos benefícios naturais para o desenvolvimento da região.
C - Heródoto entende que há uma igualdade entre a questão natural e a questão cultural (humana) no processo de desenvolvimento do Egito.
D - Heródoto entende que os deus foram responsáveis pelo surgimento do Nilo e que, por isso, o Estado é divino. Ele deixa de lado o fato de que quem habitava o Egito àquela época, assim como hoje em dia, eram seres humanos comuns – ainda que alguns se dissessem deuses.
E - Heródoto defende que a presença humana e o trabalho empreendido na utilização do rio e dos benefícios naturais tenham sido muito mais importante para o desenvolvimento da região do que a presença do rio, ou seja, do que o aspecto natural.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Heródoto atribui apenas à presença do Nilo (ou seja, a um aspecto natural) o desenvolvimento do Egito. Nesse sentido, ele despreza a importância da presença humana, do trabalho empreendido na utilização do rio e dos benefícios naturais para o desenvolvimento da região.
Explicação:
Quando Heródoto diz que “O Egito é uma dádiva do Nilo”, ele coloca o aspecto natural (o rio) como sendo mais importante do que o aspecto humano para o desenvolvimento da história da civilização egípcia. Nesse sentido, ele está bem de acordo com os livros de história, que privilegiam a descrição da fenomenal Tebas, mas que, como diz o operário que lê, de Brecht, não questiona quem construiu a cidade. Em outras palavras, Heródoto e a grande parte dos historiadores clássicos deixa de lado uma grande parcela do desejo e do esforço humano em seus escritos e coloca o foco sobre os grandes nomes e seus grandes monumentos.
1) A) Com o objetivo de conservar o corpo do faraó para uma vida após a morte, como dizia a religião egípcia.
2) C) Atribui apenas à presença do Nilo o desenvolvimento do Egito, porém não considera a importância da presença humana, do trabalho empreendido na utilização do rio e dos benefícios naturais para o desenvolvimento da região.