Quebra-cabeça Belvedere Na gaveta da cômoda, esquecida há décadas no porão, havia poeira, livros amarelados, fotos se partindo, um crucifixo acinzentado, sem brilho. Uma santa, cuja cabeça estava partida, com resto de cola no pescoço. Cartas espalhadas, muitas folhas e pétalas, secas... Mergulho fundo em cada peça do ancestral quebra-cabeça. A Porta Vinícius de Moraes Rio de Janeiro , 1970 Eu sou feita de madeira Madeira, matéria morta Mas não há coisa no mundo Mais viva do que uma porta. Eu abro devagarinho Pra passar o menininho Eu abro bem com cuidado Pra passar o namorado Eu abro bem prazenteira Pra passar a cozinheira Eu abro de supetão Pra passar o capitão. Só não abro pra essa gente Que diz (a mim bem me importa...) Que se uma pessoa é burra É burra como uma porta. Eu sou muito inteligente! Eu fecho a frente da casa Fecho a frente do quartel Fecho tudo nesse mundo Só vivo aberta no céu! Questões para responder: O que mais te chamou a atenção no modo como o texto está disposto no papel? O texto dos poemas está dividido em blocos? Quantos? E quantas linhas há em cada um desses blocos? Você consegue identificar alguma rima em algum dos poemas? A ideia de cada linha do texto continua na linha seguinte ou cada linha tem uma ideia completa?
lucasfreiretk:
pó queria saber as respostas dessas questões mas ninguém fala
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Explicação:
Quebra-cabeça
Na gaveta da cômoda,
esquecida há décadas
no porão,
havia poeira,
livros amarelados,
fotos se partindo,
um crucifixo
acinzentado,
sem brilho.
Uma santa,
cuja cabeça
estava partida,
com resto
de cola
no pescoço.
Cartas espalhadas,
muitas folhas
e pétalas, secas...
Mergulho fundo
em cada peça
do ancestral
quebra-cabeça.
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