Que valor atribui Erasmo de Roterdão à Antiguidade?
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Resposta: Erasmo-(1467-1536) ficou conhecido como Erasmo de Rotterdam, mas
seu nome era Desidério Erasmo e ele foi um pregador do evangelismo
filosófico. Nasceu na cidade de Rotterdam, na Holanda. Em 1488 ingressou
na ordem dos agostinianos e virou padre, depois aceitou o cargo de secretário
do bispo de Combai, na França. Em Paris estuda teologia. Escreve
Colóquios e Antibárbaros, que é considerada
uma obra escolástica, crítica da exaltação
dos valores da Antiguidade clássica. Viaja pela primeira vez para
a Inglaterra em 1499, onde toma contato com o movimento humanista e conhece
aquele que seria seu grande amigo, Thomas More. Traduz o Novo Testamento. Mantém
vasta correspondência. Denuncia a vida na igreja como distante da
fé. Fala que os cristãos devem seguir os ensinamento simples
de Cristo, sendo que a estrutura da igreja e da vida monástica haviam
se tornado distantes do amor de Deus, de Sua benevolência e da prática
evangélica que Erasmo defende na Filosofia Christi. Os homens
renascentistas dedicaram-se à várias atividades. Eles
começaram a contar a nova realidade. Cervantes, no célebre
livro Dom Quixote de la Mancha conta-nos a história de um
louco, apegado à valores que já não existiam como
a dignidade, decência e nobreza de caráter do cavaleiro medieval.
Erasmo de Rotterdam escreve um livro, Elogio da Loucura,(dedicado
a Thomas More) onde apresenta a loucura como uma deusa que conduz as ações
humanas. Identifica a loucura em costumes e atos como o casamento e a guerra.
Diz que é ela que forma as cidades, mantém os governos, a
religião e a justiça. Ele critica muitas atividades humanas,
identificando nelas mediocridade e hipocrisia. Vejamos o que ele diz sobre:
a)a Loucura- a Loucura fala em primeira pessoa no livro,
defendendo sua imagem e ponto de vista.
b)as crianças- a alegria da infância a torna
a idade mais agradável, porque a natureza dá às crianças
um ar de loucura.
c)o casamento- se as mulheres pensassem sobre o assunto
veriam que não é vantajoso. Dores no parto, filhos, dever
conjugal. Só a loucura para fazerem agir dessa maneira, assim a
Loucura é a origem da vida. A única preocupação
das mulheres é se tornar mais agradável para os homens. É
essa a razão de tantos perfumes, banhos e enfeites. Só a
loucura constitui o ascendente das mulheres sobre os homens.
d)os filósofos – gabam-se de serem os únicos
sábios, mas se tirar-mos o véu de orgulho e presunção
veremos que não passam de ridículos loucos. A natureza parece
zombar de suas conjeturas, e é risível sua teoria de infinidade
dos mundos. Falam de astronomia como se conhecessem os astros palmo a palmo.
Na verdade, eles não tem nenhuma idéia segura.
Mas a crítica maior de Erasmo é para a Igreja.
Ele era cristão, mas foia contra a hierarquia dessa instituição
(Igreja), que declara guerras, faz cerimônias e rituais em demasia,
e discutem eternamente o mistério divino, sendo que o mandamento
de Cristo é apenas a prática da caridade. Defende um retorno
à simplicidade do início da Igreja. Lutero estava juntando
adeptos em suas pregações e convidou Erasmo, mas este permaneceu
na Igreja católica, apontando defeitos. Mais tarde polemizou contra
Lutero a favor do livre-arbítrio, que o protestante não acreditava.
Erasmo é considerado o principal pensador do humanismo. Critica
os teólogos, pois esse condenam, por poucos motivos, muitas pessoas
como hereges. Os bispos vivem alegremente, entregam-se à diversão
material e esquecem que o seu nome significa zelo e solicitude pela redenção
da alma, mas não esquecem das honrarias e o dinheiro. Os monges,
para Erasmo, não fazem nada, mas não dispensam o vinho e
a mulheres. O papa não tem a salvação que Cristo fala,
pois se tivessem abria mão de seu patrimônio e dos impostos.
Erasmo critica o imposto que a igreja cobra para não condenar as
almas após a morte. E os papas aprovam a guerra, que é cruel
e desumana.
Para Erasmo, milagres e supertições como
o inferno, duendes e fantasmas são coisas de ignorantes. Ele tem
opiniões também sobre política. No livro A instiuição
do Príncipe cristão fala da teoria da soberania, o poder
do princípe é legitimado pela dedicação ao
bem comum e pela aceitação dos cidadãos. É
a favor da eleição do chefe, contrário ao monarquismo
hereditário. O objetivo de Erasmo é regenerar a Europa, pondo
o ideal evangélico contra as guerras. Para se chegar à paz,
tem que se desarmar os países, tirar dos princípes o direito
de declarar guerra e mobilizar a força nacional em favor da paz.