que tipo de experiência social define suas crenças de valores?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Estruturação de crenças
Antes de tratar da questão sobre o fenômeno da estruturação de crenças propriamente, é necessário fazer algumas perguntas importantes que serão analiticamente usadas nesse primeiro bloco da reflexão, a saber: O que é uma crença? Como ela é constituída? Qual a sua matriz geracional? Quais os tipos de crenças existentes? Existe uma relação de causalidade entre crença e comportamento? Em que sentido elas podem influenciar a percepção do indivíduo acerca de si mesmo, dos outros com os quais ele interage e do mundo? Elas podem ser categorizadas? Há uma engenharia da crença? Elas são rígidas ou flexíveis? O que é um sistema de estruturação de crença? Essas perguntas serão respondidas ao longo do texto.
1.1 O que é uma crença?
De acordo com o dicionário moderno da língua portuguesa, crença, do latim credentia, significa uma "opinião que se adota com fé e convicção". Normalmente, o conceito vem relacionado à religião e, por isso mesmo, a maioria dos estudiosos o considera como termo correlato à fé religiosa. Do ponto de vista fenomenológico, trata-se de uma disposição subjetiva na qual se figura a certeza intuitiva acerca da existência de algo ou de alguma coisa. A crença pode ser concebida como um "condicionamento psicocognitivo" de acesso inteligível e explicativo da vida, do mundo e das coisas existentes. Ela pode ser definida também como "fundamento intencional do agir". Inspirado pela antropologia estrutural de Lévi-Strauss, pode-se conceber a crença como uma forma de estrutura mental de acesso compreensivo à realidade. No idealismo transcendental de Kant, a crença aparece como um postulado ou certeza intuitiva da existência de coisas que não se pode demonstrar empiricamente, mas que se justificam ou podem ser inferidas de um tipo de decisão/ escolha ética.