Question

Que salve a economia, depois as pessoas! Esta exclamação não parece tão distante assim. Algo semelhante ao que suas lembranças trouxeram, ocorreu durante a epidemia de meningite nos anos 1970, coincidentemente na fase em que a ditadura militar atingia seu auge na repressão e economia, quando vigorava o autoritário Ato Institucional nº 5 e o país alcançava elevados índices de crescimento no chamado

“milagre econômico”.

Os atos institucionais eram decretos presidenciais com força de lei que estabeleciam medidas autoritárias, dentre os quais o mais intenso foi o nº 5, que retirou o direito a habeas corpus para crimes contra a ordem econômica, social e segurança nacional, isto é, cidadãos que lutavam por seus direitos poderiam ser qualificados de criminosos, presos sem direito a recorrer a advogado ou a justiça, foi neste contexto que muitos artistas, professores, jornalistas, intelectuais e religiosos foram presos e mortos, bem como o controle da informação foi intenso, cabendo ao governo definir o que deveria e o que não deveria ser informado aos cidadãos.

Já o milagre econômico (1968 – 1973) consistiu em uma fase de alto crescimento do PIB, crescente industrialização e baixa inflação. Tal sucesso foi garantido por empréstimos estrangeiros, elevando a dívida do país e consequentemente sua dependência dos países mais ricos, gerando uma elevada crise econômica nas décadas que sucederam 1973, ano do fim do sucesso da economia. Diversas obras públicas foram construídas, como a ponte rio-niteroi, as hidrelétricas de Itaipú, a rodovia transamazônica, bem como inúmeras multinacionais se instalaram aqui graças a política de baixos salários empreendidas pela ditadura. Todo falso crescimento econômico do Brasil contraído a partir de enormes dívidas servia para justificar a fase de extremo autoritarismo, onde inúmeros camponeses e indígenas foram mortos, presos e torturados em nome desse tal progresso do país.

Foi nesse cenário de repressão e falso desenvolvimento econômico que apareceu a epidemia da meningite. Em julho de 1974, o presidente Ernesto Geisel foi informado através do SNI (Serviço Nacional de Informações) que um surto da doença teria surgido em Osasco/SP e ameaçava a estabilidade do regime político. Enquanto o governo se preocupava com sua estabilidade política e econômica, não com as mortes, a edição de 30 de dezembro de 1974 do jornal “O globo”, revelava que só naquele ano a epidemia teria deixado quase 3.000 mortos na região sul e sudeste.

Diante disso, a ditadura resolveu censurar qualquer informação a respeito da doença, sob pena de responder pelo crime contra a segurança nacional, ou seja, um jornalista que propagasse uma matéria abordando a meningite poderia ser preso, quem sabe, até morto. Segundo a comissão de mortos e desaparecidos políticos, em 1990, foi encontrado um cemitério clandestino em São Paulo, onde cerca de 450 corpos possam ter sido vítimas da meningite, isso aponta a imprecisão do quantitativo de mortos vítimas da epidemia durante a ditadura.

Pessoas que viveram durante a ditadura militar brasileira (1964 – 1985) e o surto de meningite, talvez não se recorde das informações de contágios e mortes da época devido à censura do regime, mas ouviu boatos de pessoas próximas contaminadas pela doença que foram a óbito.



AGORA RESPONDA:



3 - RELACIONE SEMELHANÇAS DA ATITUDE DO GOVERNO BRASILEIRO NA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR (1964 – 1985) DIANTE DA EPIDEMIA DA MENINGITE À POSTURA DO ATUAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA DIANTE DA PANDEMIA DA COVID 19.









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Answer 1

Res

Explicação:

Veja bem : não houve ditatura militar, e sim governo militar. O AI 5 só atingia aqueles que pertubavam a ordem pública e queriam o comunismo, quem elaborou este texto não viveu esta época, porque quem realmente viveu de forma honesta, trabalhando e cumprindo os seus deveres nada sofreu, além de que foi o tempo de maior desenvolvimento no país, e a questão da dívida não é verdadeira.

Quanto a questão a resposta é a  seguinte : o governo militar tomou todas as providencias para que as pessoas fossem curadas, inclusive em relação à vacina, e atualmente o governo federal nada pode fazer porque além de enviar dinheiro para estados e municípios porque o STF ( SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ) proibiu qualquer atitude do presidente para sanar este problema.