Que relação entre população e riqueza e possível estabelece na comparação entre as anomorfoses, no caso do continente americano?
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Resposta:
A desigualdade de renda na América Latina, apesar dos avanços na última década em alguns países, como o Brasil e o México, continua entre as mais altas do mundo. A disparidade somente não é pior do que de países de renda média na África subsaariana, como África do Sul e Namíbia, segundo estudo apresentado nesta sexta-feira pelo professor da Universidade de Cambridge, Gabriel Palma, em seminário promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Além da forte concentração da renda nacional entre os 10% mais ricos da população, o retorno para a sociedade dessa riqueza é muito mais baixo na América Latina, em contraste com o que ocorre na Ásia, por exemplo. Naquela região os investimentos privados da parcela mais rica da sociedade em geral representam 70% da renda. Na América Latina esse “retorno” é muito menor, em torno de 35%. O capitalismo na sociedade latino-americana, diz Palma, é de “baixa intensidade”, muito menos propenso à tomada de risco do que o tipo de capitalismo existente na Ásia, o que também ajuda a explicar as baixas taxas de investimento e potencial de crescimento dos países latino-americanos, em comparação com asiáticos.
Para Palma, existem dois modelos, ou rotas, que podem ser seguidos na tentativa de tornar as economias da América Latina menos desiguais. O primeiro seria o modelo adotado pela Suécia. Segundo o professor, a distribuição de renda do país antes da cobrança de impostos é semelhante a do Uruguai, por exemplo. Por meio da política fiscal, no entanto, a Suécia salta para o topo do ranking e aparece entre os países menos desiguais do mundo. Por meio da cobrança de tributos e de gastos direcionados ao bem estar da população, a Suécia consegue ser bem sucedida em equalizar as disparidades de renda causadas pelo funcionamento do mercado.
Na América Latina, lembra Palma, o sistema tributário altamente regressivo faz com que praticamente não haja alteração na distribuição de renda antes e após impostos. No Chile, afirma, o coeficiente de Gini, um dos indicadores mais usados para aferir a desigualdade social, recua apenas 2% quando o calculo é feito com base na renda após a cobrança de tributos.
Outro caminho apontado pelo professor, o modelo coreano, age em outra direção. Palma lembra que na Coreia do Sul as reformas do mercado de trabalho foram orientadas para que houvesse redução da desigualdade. "São grandes mudanças, mas não é tão difícil saber o que fazer para reduzir a desigualdade na região", afirma.
Resposta:
Sobre a relação entre população e riqueza e possível verificar que nas anamorfoses do continente Americano os EUA e Canadá ficaram ainda maiores, enquanto o restante encolheu.