Ed. Física, perguntado por ingridguima2432, 11 meses atrás

que publico foi beneficiado com a criação do handebol

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Respondido por victorsantoscopejsj8
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Depois de a Seleção Brasileira de handebol conquistar o primeiro título mundial da sua história, o governo federal apressou-se em lembrar, por meio de comunicados oficiais, o investimento de R$ 9,4 milhões para a modalidade, anunciado em julho deste ano. Não deixa de ser verdade. A nova cifra e a conquista de dois patrocinadores no último ano afastaram o handebol da posição de menos favorecido entre os esportes agraciados com investimento público.

Mas a façanha das meninas no último domingo pouco tem a ver com a injeção de recursos nos últimos anos. Levantamento do Correio Braziliense mostra que de todo o dinheiro de empresas estatais destinado ao esporte no último ciclo olímpico — entre 2008 e 2012 — apenas 0,48% foi parar nas mãos do handebol.

Nesse período, empresas como Petrobras, Correios e Eletrobras, entre outras, desembolsaram R$ 476,5 milhões em favor de uma série de modalidades. Do montante, só R$ 2,3 milhões acabou nas contas do esporte campeão do mundo em Belgrado.

Patrocinado pela Petrobras até 2009, o handebol nacional dividiu com outras cinco modalidades nos quatro anos a quantia de R$ 41,4 milhões. Assim, ficou bem atrás de esportes como o basquete (recebeu R$ 64,1 milhões da Eletrobras) e do vôlei (R$ 165 milhões do Banco do Brasil divididos com iatismo e tênis) no mesmo período.

A dificuldade na obtenção de recursos levou a Confederação Brasileira de Handebol (CBH) a optar por uma estratégia que rendeu resultados nas seleções profissionais, mas marginalizou a base da modalidade no país. A maior parte da verba é direcionada para a busca de desempenho em competições internacionais, como destacou o presidente da instituição, Manoel Luiz Oliveira, em entrevista ao Correio no início de agosto. Uma prática criticada pelo próprio técnico da Seleção Brasileira, o dinamarquês Morten Soubak. “As meninas todas jogam na Europa e são pouco conhecidas no Brasil. Para atrair, é necessário ter ídolos por perto. E isso é muito difícil de acontecer sem uma liga nacional forte”, ressaltou.

Lei de incentivo
O fim da parceria com a estatal em 2010 decorreu de uma alteração na proposta de patrocínio. A diretoria da Confederação Brasileira de Handebol (CBH) preferiu desfazer o acordo e sobreviveu até 2012 com outros incentivos do governo federal e com o patrocínio do extinto banco BVA — desativado em junho pelo Banco Central por comprometimento da situação econômico-financeira. Conforme o Ministério dos Esportes, entre 2008 e 2012, foram captados, pela Lei de Incentivo ao Esporte, mais de R$ 9 milhões para o handebol, pouco mais de 2% do total desembolsado pelo programa para as principais modalidades do país.

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