que propriedade dos vírus explica o surgimento de novas variantes (cepas), oriundas do coronavirus?
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Resposta:Em janeiro de 2020, pesquisadores chineses revelaram ao mundo o primeiro genoma de um vírus que começava a infectar humanos e estava até então restrito ao país asiático, o SARS-CoV-2.
Quase um ano depois, após adoecer mais de 78 milhões de pessoas em todo o planeta, milhões de genomas deste coronavírus já foram compartilhados por cientistas na plataforma colaborativa online Gisaid. E, como já era esperado, esses novos "documentos de identidade" genética mostram que o coronavírus não é exatamente o mesmo apresentado pela primeira vez em janeiro de 2020 — ele passou por mutações, alterações frequentemente acidentais no material genético do vírus.
Genomas com mutações semelhantes formam "variantes", "cepas" ou "linhagens" do vírus — que, apesar de abrigar essas diferenças internas, continua sendo o SARS-CoV-2, segundo explicaram pesquisadores entrevistados pela BBC News Brasil.
Uma destas linhagens, identificada como B.1.1.7, fez 40 países fecharem, nesta semana, suas fronteiras com o Reino Unido. Pesquisadores e governantes britânicos alertaram que a variante se tornou predominante em boa parte do território, incluindo Londres, sofrendo mais de dez mutações que podem ter facilitado sua transmissão. Essa cepa também já foi encontrada na Austrália, Dinamarca, Itália, Islândia e Holanda, entre outros.
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