Geografia, perguntado por ceraza, 1 ano atrás

Que mudanças econômicas, o FMI forçou paises endividados a promover?

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Respondido por gh2802
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Países ricos fizeram o FMI recuperar poder e influênciaA crise global fortaleceu o Fundo Monetário Internacional (FMI), que se encontrava submerso no mais completo descrédito em seus 65 anos de existência. Mas esta foi uma imposição do Reino Unido e dos demais países ricos que dominam o chamado Grupos dos 20, o G-20, do qual também participam Brasil e Argentina, que foram vítimas das políticas do fundo.

Por Ernesto Carmona*, em Argenpress.info

A ideia central é que haja “mudanças para que tudo fique igual”, como dizia o personagem da novela Il Gattopardo, escrita pelo italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Ou seja, fingir mudanças, mas deixar as coisas como estão para garantir a existência do “livre mercado”.

A aparente perda do controle do Banco Mundial por parte dos EUA, cuja presidência provavelmente recaia, no futuro próximo, em outros países ricos com governos de direita e extrema direita, como o Reino Unido, França ou Alemanha, constitui outra medida “gattopardiana” para enfrentar a crise. Dito de outra maneira, equivale a colocar os ratos para vigiar o queijo parmesão, segundo centenas de notícias censuradas colecionadas pelo Projeto Censurado da Califórnia.

O FMI voltou ao lugar central

O desenvolvimento da crise econômica global colocou de novo o FMI em lugar central. Tipicamente, o FMI empresta aos países em crise e, em troca, exige o cumprimento de rigorosos ajustes econômicos predadores.

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, propôs aumentar o financiamento do FMI para US$ 500 bilhões, pedindo ao Congresso dos EUA que disponha de US$ 100 bilhões para ampliar o poder e o alcance do Banco Mundial e do FMI a fim de assegurar a manutenção do “livre comércio”.

A escala de empréstimos do FMI já é imensa, e cresceu acima dos 30% nos últimos dois anos: estenderam empréstimos ampliados à Islândia (US$ 2,4 bilhões), Ucrânia (US$ 6,5 bilhões) e Hungria (US$ 15,7 bilhões). Paquistão, Sérvia, Belarus e Turquia são candidatos a prováveis novos empréstimos em um futuro próximo.

As condições que traz consigo esta última rodada de empréstimos do FMI são particularmente opacas, mas seus garantidores estão seguros de que os países beneficiados serão vulneráveis a uma pressão intensa para privatizar os recursos públicos, reduzir verticalmente os gastos em educação, saúde, bem-estar, enquanto se reduzem as proteções e a soberania.

Um encontro de economistas progressistas realizado na Venezuela em outubro de 2008 advertiu que a dinâmica desta crise “anima novas rodadas para a concentração de capitais e, se as pessoas não se opuserem firmemente a isso, é perigosamente provável que a reestruturação ocorra simplesmente para salvar os setores privilegiados”. Sem uma resistência eficaz, a crise será solucionada ao custo de populações crescentemente mais pobres.

“Este é um aspecto importante a ser entendido: a crise capitalista não leva automaticamente ao fim do capitalismo. Sem resistência eficaz e luta, a crise será eventualmente resolvida a expensas das pessoas trabalhadoras, particularmente do hemisfério sul”, escreveu Adam Hanieh, especialista em política econômica da Europa Oriental, da Universidade York, de Toronto, Canadá. Seu artigo, publicado no Left Turn, chama “Fazendo os pobres do mundo pagarem a crise: a crise econômica e o Sul global”.

EUA “perde” o presidente do Banco Mundial... mas tudo seguirá igual

EUA perdeu seu poder de designar o presidente do Banco Mundial depois de o secretário de Desenvolvimento do Reino Unido, Douglas Alexander, ter negociado um acordo para dar lugar a candidaturas de qualquer país.

Apoiado por governos europeus e de países em vias de desenvolvimento, Alexander venceu a resistência dos EUA e do Japão para garantir uma reforma que ele descreveu como um “significativo passo adiante”.

Washington teve direito a escolher a dedo o presidente do Banco Mundial desde que a instituição foi fundada depois da 2ª Guerra Mundial, com a Europa elegendo o diretor-gerente do FMI.

“O acordo proporciona a oportunidade para que os candidatos sejam nomeados sem importar a nacionalidade; será assegurada a seleção do candidato melhor capacitado”, disse Alexander.

Os países não desenvolvidos viveram mais de meio século frustrados cada vez mais pelo domínio das nações ricas nos dois corpos multilaterais com sede em Washington: o banco e o FMI.

A pressão por uma mudança se acelerou depois da presidência vergonhosa exercida por Paul Wolfowitz, um homem do entorno de [George W.] Bush e ex-assessor ideológico do Pentágono e teorizador das políticas de guerra de Washington, que foi obrigado a renunciar pelo escandaloso aumento de salário de sua namorada, também empregada do banco.

Curiosamente, o atual presidente do banco, Robert Zoellick, de reconhecida trajetória globalizante segundo os interesses estadunidenses, agora pediu aos países ricos que não esqueçam seus compromissos de ajuda financeira ao “mundo em vias de desenvolvimento”, eufemismo que se refere aos países pobres. O banco crê que o número de desnut

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