Que importância tiveram os mosteiros na
preservação das obras da Antiguidade clássica e
muçulmana?
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Resposta:
Entre a chamada Antiguidade Tardia e a Alta Idade Média, isto é, por volta dos séculos V e VI d.C., o cristianismo procurava sobressair-se e estabelecer-se enquanto instituição religiosa em meio às crises deflagradas pelas invasões bárbaras, que assolaram o Império Romano. Sendo uma religião de caráter universal, o cristianismo conseguiu agregar indivíduos das mais diversas regiões do mundo, desde a Ásia Menor até o norte da Europa. Além das organizações em bispados e da centralidade da autoridade religiosa na figura do papa, outras formas de vivência da experiência cristã passaram a tornar-se fundamentais. A vida monástica e a construção dos mosteiros foram umas dessas formas de vivência.
Mais que uma simples vida religiosa, a vida monástica caracterizou-se pela reclusão e pelo ascetismo, isto é, pela opção de uma vida isolada do convívio comum com outras pessoas, que não outros monges, e submetida à austeridade e à disciplina (o que configura a ascese). O grande símbolo da vida monástica que se tornou o modelo para todas as gerações posteriores de monges foi Santo Antão do Deserto (ou Santo Antão do Egito, como também ficou conhecido), que viveu entre os séculos III e IV d.C.
Os primeiros monges cristãos, como Antão, eram eremitas ou anacoretas. Isso quer dizer que se retiravam do convívio social e iam para lugares completamente despovoados, como os desertos, para viveram sozinhos. Depois, por volta do fim do século VI, houve o desenvolvimento do sistema cenobítico. O monaquismo cenobita, ao contrário do anacoreta, caracterizava-se pela vida em cenóbio, isto é, em comunidade. Foram os monges cenobitas que passaram a construir os mosteiros no início da Idade Média.
Explicação:
é isso