Que impacto a invenção da máquina fotográfica provocou no mundo da arte?
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Resposta:
Explicação:Comercialmente, a primeira câmera digital foi lançada também pela Kodak, em 1990. No entanto, o produto não conquistou o mercado devido ao seu alto custo. Apesar do início pouco promissor, foram necessários apenas dez anos para que a fotografia digital ganhasse a corrida, deixando o mercado analógico de lado.
Na história da publicidade, o registro de fotografias sendo usadas em anúncios é mais antigo e percorreu o período analógico. A J. Walter Thompson foi a primeira agência a substituir as ilustrações por fotografias. “Em 1925, a agência passou a substituir as ilustrações pelo uso de imagens fotográficas para marcas como creme Pond’s, algo simples hoje, mas que representou uma quebra de paradigma e uma evolução tecnológica”, lembra o head de arte da agência no Brasil, Fabio Simões. “Hoje a fotografia enfrenta grandes desafios com o advento do 3D e o desgaste do meio pelo uso excessivo do retoque, mas, ao mesmo tempo, ela nunca foi tão popular como forma de expressão quanto hoje”, avalia.
Simões explica que o principal impacto do 3D para a fotografia publicitária foi quando as fabricantes de carro começaram a usar imagens tridimensionais de seus produtos para serem compartilhadas no mundo todo. “A proporção do uso de 3D em propagandas de carro gerou um impacto muito grande para a fotografia. A foto de carro era um trabalho muito técnico. Há cerca de dez anos isso começou a mudar e hoje você constrói um banco de imagens em 3D e consegue aplicá-las em vários fundos. Isso, assim como o digital, representou uma queda para o mercado fotográfico dentro da publicidade”, conta.
Para ele, o comportamento das pessoas e o acesso fácil a câmeras, sobretudo as dos celulares, é outro fator que modificou a linguagem da fotografia na publicidade. “Há 50 anos, a publicidade usava fotografias muito mais jornalísticas, que exigiam mais, eram feitas por fotógrafos consagrados da época. Hoje, com a popularização do digital, a estética que as pessoas veem é diferente, é a estética de selfie. E a gente acaba usando isso como referência na publicidade, já que o que o consumidor quer ver mudou. A publicidade também acompanha essa mudança, que é cultural”, destaca.