que ideia podemos fazer do seculo xx?
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O Século XX foi um século permeado por guerras, em todas as suas décadas, mas as duas guerras mundiais marcaram-no profundamente.
Primeira Guerra Mundial: o real “início” do século XX
Certos autores dizem que, a despeito do calendário comum, o século XX começou, de fato, em 1914. Essa afirmação explicita o impacto histórico da Primeira Guerra Mundial.Até 1914, o mundo ainda vivia um eco da “Belle Époque” (Bela Época), isto é, a fase do progresso e do otimismo vivida na Europa dos grandes Impérios desde o fim da década de 1870. A “inauguração” do século XX com uma guerra de proporções catastróficas (chamada por muitos de seus contemporâneos de “apocalíptica”) parecia ser um prenúncio da sucessão de guerras sangrentas que se alastrariam ao longo do século.
O período entreguerras
As décadas de 1920 e 1930 foram marcadas pelas tentativas de reestruturação dos países europeus afetados pela devastação da guerra. O mais afetado deles, a Alemanha, viu seu império ser desmanchado e o regime republicano conhecido como República de Weimar ser instalado.
A situação política e econômica dos alemães estava tão caótica nesse período que muitos movimentos políticos radicais ganharam adesão popular, como o movimento espartaquista – facção comunista da Alemanha –, que tentou um golpe revolucionário em 1919, e o movimento nacional socialista dos trabalhadores alemães, que fundou o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, que ficaria conhecido como Partido Nazista. Adolf Hitler entrou para esse partido em 1921, dando um novo formato para ele.
Desencadeamento da Segunda Guerra
A Segunda Guerra, como postulam alguns historiadores, foi, de certa forma, uma continuação da Primeira, haja vista que alguns dos motivos eram similares, como o desejo de expansão imperialista da Alemanha, que, sob o jugo de Hitler, declarou-se como o III Reich (terceiro império). Porém, a devastação e o morticínio dessa guerra foram inigualáveis, sem contar as atrocidades que foram cometidas fora da zona de combate, como o holocausto nazista e os gulags soviéticos, já que tanto nazistas quanto comunistas desejam levar a cabo a construção de um império global, como diz o historiador Timothy Snider, em seu livro Terras de Sangue – A Europa entre Hitler e Stalin:
“Stalin, não menos que Hitler, falava em eliminações e limpezas. Assim mesmo, o raciocínio stalinista para a eliminação sempre estava relacionado com a defesa do Estado soviético ou com o avanço do socialismo. No stalinismo, o extermínio em massa nunca seria mais do que uma bem-sucedida defesa do socialismo, ou um elemento na história do progresso rumo ao socialismo; nunca a vitória política em si. O stalinismo era um projeto de autocolonização, expandindo-se quando as circunstâncias o permitissem.
Do dia “D” às bombas atômicas
A articulação dos aliados teve o seu cume no chamado Dia D, isto é, uma gigantesca operação militar realizada em 06 de junho de 1944 que consistia em um projeto de libertação da Europa a partir do litoral francês. O objetivo dessa operação era liberar a França, a Holanda, a Bélgica e os demais países da Europa Ocidental ocupados pelos nazistas e chegar até a Alemanha.
Do lado oriental, os soviéticos fizeram também um processo de avanço sobre o espaço nazista até chegar à Alemanha. Aos poucos, as forças alemãs foram minguando e, em abril de 1945, foi noticiado o suicídio de Adolf Hitler.
Conflitos na Ásia e no Oriente Médio
Além da Guerra da Coreia, outras guerras que estouraram na Ásia, como a Guerra do Vietnã, tiveram suas fontes nessas divergências ideológicas entre ocidentais e soviéticos. Além desses conflitos setoriais com motivações político-ideológicas, outros também tiveram destaque nos primeiros anos da Guerra Fria. Foi o caso dos Conflitos Árabe-Israelenses, que tinham motivação político-religiosa.
Corrida espacial e corrida armamentista
A despeito de toda essa gama de conflitos regionais descritos acima, a Guerra Fria também se caracterizou por outras formas de “guerra”, além da convencional. A rivalidade estendeu-se para outros domínios, como a guerra por informação, contrainformação e espionagem, protagonizadas pelas agências secretas americana e soviética, CIA e KGB, respectivamente; a “corrida armamentista”, na qual as duas superpotências procuravam desenvolver as melhores tecnologias bélicas e os melhores armamentos, incluindo armas nucleares; e, por fim, a “corrida espacial”, que consistiu na busca acirrada pelo desenvolvimento de tecnologia aeroespacial, como satélites artificiais e espaçonaves, com o objetivo de conquistar o espaço fora da atmosfera terrestre.
Espero ter ajudado!;)